O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (28), três casos suspeitos de coronavírus no Brasil: um em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, um em Curitiba, no Paraná, e outro em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, todos os pacientes se enquadram na definição estabelecida pela Organização Mundial da Saúde para quadros suspeitos da doença: presença de febre e pelo menos um sintoma respiratório, além de terem viajado para área de transmissão, na China, nos últimos catorze dias.
O primeiro caso confirmado pelo Governo é de uma jovem de 22 anos, que está internada em isolamento no hospital de referência de Belo Horizonte. A mulher chegou no último sábado (25) depois de passar quase cinco meses em Wuhan, cidade que é considerada o epicentro do coronavírus, na China. Outras catorze pessoas que tiveram contato com a paciente estão sendo monitoradas.
Nas últimas semanas, o Ministério da Saúde verificou cento e vinte e sete casos e, dentre os dez investigados, nove foram descartados. O resultado do exame que pode confirmar ou descartar a contaminação pelo vírus sairá na sexta-feira (31).
O Ministério também decidiu elevar o nível de classificação de risco do Brasil, que passou do “Estado 1 de Alerta” para o de “Perigo Iminente”. “Essa é uma estratégia de resposta. Nós estávamos até ontem no nível 1, que é o nível de alerta. Na medida que nós identificamos o primeiro caso, que se enquadrou na definição estabelecida pelo protocolo em alinhamento com a Organização Mundial da Saúde, nós estamos entrando aqui, agora, no nível 2, que é o nível de perigo iminente”, explicou o secretário de Vigilância Sanitária, Wanderson de Oliveira.
Desde o fim de semana passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, reforçou as ações de alerta em portos e aeroportos do país. Além dos avisos sonoros, a Anvisa irá distribuir folhetos com informações sobre o que fazer caso o viajante apresente os sintomas.
Apesar de orientar que as viagens à China sejam evitadas, o Governo informou que não pretende retirar os brasileiros que estão no país.