Já estão em liberdade, por ordem da Justiça, quatro presos por envolvimento no massacre de cinco estudantes e duas professoras na Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, cidade da Grande São Paulo.
Dentre os quatro, dois foram condenados pela venda ilegal do armamento e da munição. São eles Cristiano Cardias de Souza, conhecido como “Cabelo”, e Geraldo de Oliveira Santos, o “Buiú”. Eles pegaram quatro anos de reclusão em regime aberto, e a pena será convertida em prestação de serviços à comunidade. Já Márcio Germano Masson foi absolvido e Adeilton Pereira dos Santos será julgado pela venda do armamento na capital paulista, já que a participação dele no comércio ilegal não aconteceu na cidade de Suzano.
O Ministério Público queria que os homens que venderam o armamento fossem a júri popular pelas mortes, já que sem a participação deles o crime não teria acontecido. O massacre, que aconteceu no dia 13 de março de 2019, foi feito utilizando um revólver calibre 38 e munições vendidas pelos acusados. Os atiradores, Guilherme Taucci Monteiro de 17 anos e Luiz Henrique de Castro, de 25, foram cercados pela polícia e se mataram. Eles se inspiraram no atentado à escola Columbine, nos Estados Unidos.
O juiz Fernando Augusto Andrade Conceição disse na sentença que não foi encontrada nenhuma prova de que os homens que venderam a arma e a munição aos atiradores sabiam que eles preparavam um massacre. Isso equivaleria a condenar o fabricante de um revólver, por exemplo, por um crime em que a arma foi utilizada.
O único preso pelo ataque atualmente é um adolescente, amigo de Guilherme, que teria ajudado a planejar o crime. O jovem está internado na Fundação Casa.
SBT