Beijo roubado, puxão de braço, encoxada. Atitudes que por muitos anos foram consideradas “normais” durante o Carnaval, não serão toleradas pelas forças de segurança do Estado. Uma força-tarefa foi montada para fiscalizar os abusos cometidos pelos homens e atender as vítimas da violência.
“A bebida não é desculpa. O uso de entorpecente não é desculpa. A brincadeira não é desculpa”, alertou a capitão Layla Brunella, chefe da sala de imprensa da Polícia Militar. Para alertar os foliões sobre o crime, que pode render prisão de 1 a 5 anos, uma campanha foi lançada, nesta sexta-feira (21), pela Secretaria de Segurança Pública (Sejusp). A ação leva o nome “Aqui não, uai”.
Folders estão sendo distribuídos em locais estratégicos, com grande aglomeração de público, para informar sobre o delito. Com a ação, segundo a capitão Layla, o Estado quer garantir uma festa respeitosa para todos. “Um Carnaval que todo mundo pode curtir e se divertir”, destacou.
Subsecretária de Prevenção à Criminalidade do Estado, Andreza Gomes frisa que a campanha educativa quer promover uma mudança cultural. “Todas as pessoas que frequentam o Carnaval precisam saber que não é não, que importunação é crime”, disse. Além de Belo Horizonte, a ação também será desenvolvida em outros municípios que recebem a festa do momo.
Cantadas indesejadas também é um delito previsto em lei. Clique aqui o que é perturbação da tranquilidade.
Denúncia
A mulher que se sentir assediada deve procurar as polícias Militar ou Civil para registrar ocorrência. Chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, a delegada Isabella França informou que a corporação reforçou a equipe. “Estamos aptos para receber as mulheres. A conduta é não tolerar qualquer tipo de violência contra a mulher”, garantiu.
Outros casos de intolerância, como racismo, também devem ser denunciados, frisou a delegada.
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