A cassação do vereador Wilson Pinheiro provocou mais uma dança das cadeiras na Câmara de Uberlândia. Cleyton César assume a titularidade, Ayrton Pinhal a vaga de suplente e há a necessidade de nova eleição para mesa diretora, uma vez que Pinheiro era segundo vice-presidente da mesa.
O pedido de cassação se deu por quebra de decoro parlamentar. O vereador Adriano Zago, (MDB) falou que não dá para comemorar a situação, porque a população elege, mas não pode votar pela cassação. Ele acredita que a vontade do povo foi feita.
A mobilização popular mudou o voto do vereador Eduardo Moraes, membro da comissão processante. Moraes votou a favor do parecer que arquivava as denúncias. No primeiro julgamento, votou contra a denúncia de uso da estrutura do poder legislativo e tráfico de influência. No segundo julgamento, sobre a adulteração da ata e a contratação do escritório Ribeiro e Silva sem licitação, mudou o voto.
Com este voto, o quorum de dois terços de membros da Câmara foi ultrapassado. Eram necessários 18 votos para a condenação. Com a saída de pinheiro, o suplente Cleyton César, do PP, tomou posse como vereador titular.
Com a efetivação, o cargo de suplente fica vago. Airton Pinhal é o próximo suplente e vai tomar posse em sessão especial.
A recomposição poderá ser definitiva e seguir até o final deste ano, quando encerra a legislatura dos vereadores eleitos no pleito de 2016. Mas outros vereadores podem deixar o cargo de suplentes e se tornar novos titulares. Isso vai depender do andamento das 12 comissões processantes.
Marcelle de Paula