Será mais fácil reativar esportes de pequena escala do que eventos maiores devido ao risco das viagens de grandes aglomerações agora que os isolamentos do coronavírus estão sendo suavizados em alguns paísriscos, disse Brian McCloskey, que é membro de um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mas as lições aprendidas na implantação e cumprimento do distanciamento social em corridas locais ou uma partida de futebol de pequena escala podem ajudar na organização de eventos de elite, como grandes maratonas, quando eles forem possíveis, disse McCloskey.
“Quanto maior a competição, mais complicadas terão que ser as ações de mitigação, e portanto menos provável que possam ser feitas com segurança”, disse McCloskey, integrante do Grupo de Especialistas de Aglomerações em Massa do Novo Coronavírus-19, à BBC.
“Então, um evento que envolve muitas viagens através do país ou entre países é muito mais complicado ver como isso acontece. Um evento local, futebol comunitário, corrida… é muito mais fácil ver como isso acontece”.
McCloskey disse que eventos locais, nos quais um número limitado de pessoas se reúnem perto de suas casas, podem fornecer às competições profissionais informações que ajudarão os organizadores a voltarem a aumentar a escala de eventos que atraem atletas de todo o mundo.
“Se você olha algo como a corrida em estrada, se voltarmos ao parkour, você pode começá-las, porque não envolvem muitas viagens através do país”, disse.
“Envolva comunidades locais, dá para administrar como é feito, e ao fazê-lo você pode aprender como a implantação pode ajudar com o distanciamento social em uma corrida”.
“Isso ajuda você a decidir como fazer uma maratona na cidade, e por fim como retomar a Maratona de Londres e a Maratona de Boston”.
A Associação Mundial de Atletas, que representa cerca de 85 mil atletas de todo o globo através de mais de 100 associações de esportistas de mais de 60 países, disse na terça-feira (21) que os atletas profissionais não deveriam ser pressionados a voltar às atividades.
O coronavírus já infectou mais de 3,1 milhões de pessoas globalmente e matou mais de 216 mil, provocando a interdição dos negócios, da educação e dos esportes.
Agência Brasil