Com a chegada do fim do ano, inconscientemente é estimulado um sentimento de recolhimento e introspecção, que levam a análises e reflexões. O final do ano representa um final de ciclo e com ele vários sentimentos despertam as mais diversas emoções.

Para alguns dezembro é um mês de festas, de reencontros, de objetivos e metas, fazendo aflorar comportamentos mais empáticos, assertivos e solidários. Já para outros, essa data representa frustração por desejos e projetos não realizados, tristeza pela distância ou pelo falecimento de pessoas queridas, sensações de culpa, e até desânimo.

O Natal e o Ano Novo podem trazer muitas expectativas “positivas” ou “negativas”. O significado e o sentimento (bom ou ruim) virão dos pensamentos que a pessoa terá durante esse período, e também do planejamento de como ela passará esses dias.

Devemos ficar mais atento aos próprios sentimentos, a alguns estados específicos, no qual nos encontramos muitas vezes sem perceber, mas que podem intensificar tendências à ansiedade, euforia e até depressão.

Em contrapartida, nos deparamos com o início de um novo ano e a ideia de crenças de prosperidade e de possibilidades de mudanças, para melhor. Um recomeço, uma recarga motivacional nos renova trazendo esperanças, desafios, novas chances de aprendizado.

Muitas vezes a pessoa passa o ano evitando pensar nos conflitos familiares, nos problemas profissionais e financeiros, a morte de um parente. Ela não encara a situação e não se “dá o tempo” para superar as feridas emocionais. Ela simplesmente toca a vida de forma “automática”, ignorando aquilo que a incomoda. Ela vai colocando debaixo do tapete todas as suas emoções e angústias. Chega um momento que esse tapete não consegue mais esconder os problemas, então às emoções transbordam. Para alguns transborda próximo do natal e do ano novo e os sintomas aparecem como : ansiedade, pânico, medos, choro, desânimo, tristeza.

Encarar e superar as dores emocionais não significa remoer o sofrimento, pelo contrário, quer dizer que irá procurar cicatrizar a feridas emocionais e vencer os obstáculos.

Segue algumas dicas para encarar essa situação: Dê um significado maior para o “agora” e veja o que tem de bom . Tudo depende dos olhos de quem vê. O que tem prestado mais atenção? Que sentimentos têm cultivado ultimamente?

É importante darmos valor para aquilo que você está batalhando e aquilo que já conquistou. E não se esqueça de valorizar o que já conseguiu realizar. Deve reconhecer e sentir vitorioso por seu próprio esforço. Os desejos são para trazer energia e motivação, e não se tornarem angústias.

Normalmente as pessoas com essas dificuldades emocionais deixam de aproveitar e até mesmo identificar quais os bons momentos que tiveram durante o ano. Conflitos psicológicos podem fazer com que a pessoa queira evitar as comemorações de final de ano, e nesse caso é muito provável que o conflito não tenha “nada a ver” com o natal ou ano novo, a pessoa já estava com dificuldades e esse “mal estar” acabou se intensificando por toda a simbologia que o Natal e Ano Novo representam.

Idealizar o Natal e o Ano novo leva a frustração. Não existem pessoas e famílias perfeitas. Nem todos estão felizes nessa época do ano, a felicidade não é obrigatória.  É natural que não saia tudo como planejou, ou que não seja o momento mais feliz do seu ano. Apenas tem que tentar relaxar e aproveitar o momento da melhor forma possível.

Quando fica difícil de perceber a angústia ou enfrentar as feridas emocionais no dia a dia, é indicado buscar uma ajuda profissional, como um psicólogo.

Um profissional te ajudará a te direcionar a decifrar o que tem passado dentro de você. Olhe para dentro de você e veja como é capaz de superar e reagir a todas as essas circunstâncias e situações.