Levantamento inédito diz também que população está mais atenta a práticas mais sustentáveis na produção e tem cada vez mais adotado hábitos como a reciclagem e a redução de desperdícios

A preocupação com o meio ambiente tem se refletido nos hábitos de consumo e no comportamento dos brasileiros. De acordo com a pesquisa Retratos da Sociedade: Hábitos sustentáveis e consumo consciente, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 74% dos ouvidos adotam hábitos sustentáveis, sendo que 30% dizem que sempre adotam esse hábito e 44% afirmam que às vezes o fazem.

Quando avaliada a percepção dos entrevistados com relação às pessoas que residem em seu estado, no entanto, os números foram diferentes. Para eles, apenas 32% da população de seu estado adotam hábitos ambientalmente sustentáveis, sendo que apenas 7% adotariam esse hábito sempre.

A crescente preocupação das pessoas com o meio ambiente também se mostra quando vão às compras. A forma em que são produzidos os bens que consomem tem influenciado a escolha por marcas que adotam práticas mais sustentáveis. Segundo a pesquisa, metade dos consumidores verifica se o produto foi produzido de forma ambientalmente sustentável, sendo 24% sempre e 26% na maioria das vezes. Na edição de 2019 da pesquisa, 19% afirmaram que sempre verificam essa informação e outros 19% o faziam às vezes.

A CNI e a indústria brasileira participam da COP27, em Sharm El Sheikh, no Egito, mostrando as ações e as práticas que o setor vem realizando e debatendo propostas para acelerar a transição para uma economia mais sustentável.

“A preocupação com o meio ambiente, com o ciclo de vida dos materiais e com a conservação dos recursos naturais é um desafio a ser enfrentado por toda a sociedade. A adoção de práticas sustentáveis tem sido, felizmente, cada vez mais adotada tanto por empresas quanto pela população, o que é um passo relevante para avançarmos rumo a uma economia com menores emissões de gases de efeito estufa. A indústria brasileira tem buscado caminhos para produção e hábitos mais sustentáveis. É um caminho sem volta”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Quase quatro em cada dez brasileiros (38%) estão dispostos a pagar mais por produtos orgânicos, aqueles produzidos sem agrotóxicos e sem fertilizantes químicos – parcela semelhante dos 36% verificados na pesquisa de 2019. Entre aqueles com renda acima de cinco salários-mínimos, 53% compram esse tipo de alimento mesmo custando mais enquanto, na faixa que ganha até um salário-mínimo, esse percentual cai para 28%.

Quando o tema é o consumo de produtos que adotam procedimentos para que os animais vivam de forma mais próxima ao natural ou que diminuam seu sofrimento, 38% disseram estar dispostos a gastar mais em relação a produtos similares que não adotam as mesmas práticas – em 2019, eram 37% dos entrevistados.

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