Ministério da Saúde já confirma 1.544 óbitos pela doença; outros 2.085 estão sob investigação

Brasil ultrapassou a marca de 1,5 mil mortes por dengue em 2024. Segundo dados do Ministério da Saúde, até essa sexta-feira (19), foram contabilizados 1.544 óbitos pela doença, enquanto outros 2.085 estão sob investigação. Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000, superando o recorde de 2023 – 1.094 mortes.

Em relação aos casos prováveis de dengue, o número já chega a 3.507.062 – o que significa que o coeficiente de incidência da doença, para cada 100 mil habitantes, está 1727,1. O estado de Minas Gerais continua liderando o número de infecções, com 1.089.108 mil registros. Em seguida, aparecem São Paulo (805.848)e Paraná (352.463).

Até o momento, foram publicados 407 decretos municipais e 11 estaduais de emergência por causa da dengue, permitindo a adoção de medidas administrativas para conter a doença, como a aquisição de insumos e materiais. São Paulo foi o estado mais recente a decretar situação de emergência em saúde pública por dengue.

Apesar do alto número de casos, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, informou que a maior parte do Brasil está em cenário menos agressivo na incidência de dengue. Ao todo, 13 estados estão em estabilidade e nove apresentam queda. Apenas Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe registram alta.

Mais de 500 municípios em 16 estados e no Distrito Federal já iniciaram a vacinação contra a dengue, destinando as primeiras aplicações a crianças de 10 e 14 anos. Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação temporária do público da vacinação, contemplando pessoas entre seis a 16 anos. O objetivo é evitar o vencimento das doses.

Enquanto a vacinação não está disponível para todas as faixas etárias, a pasta reforça que o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle da dengue e outras arboviroses urbanas, como chikungunya e zika. Isso pode ser feito tanto pelo manejo integrado de vetores como pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.

Veja como se proteger:

Devo usar repelente?

A resposta é sim. De acordo com o Ministério da Saúde, o uso é recomendado, sobretudo, em áreas de reconhecida transmissão da dengue. O produto deve ser aplicado nas áreas expostas do corpo, como braços, pernas e pés. Repelentes para uso no ambiente, como pastilhas e aparelhos elétricos, também são recomendados, já que afastam o mosquito.

SBT News