O café em pó disparou 28,69% e o pãozinho, que também não pode faltar na primeira refeição do dia, subiu 8,13%

Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) apontou que o café da manhã do brasileiro acumula alta de 9,40% nos últimos 12 meses. O índice é ligeiramente mais baixo que a inflação do mesmo período, que ficou em 9,60% (IPC-DI/FGV). O café em pó disparou 28,69% e o pãozinho, que também não pode faltar na primeira refeição do dia, subiu 8,13%.

Outros itens analisados também registraram alta: o queijo minas subiu 12,70% e a margarina aumentou 24,30%. A inflação do café da manhã só não pesou mais no bolso do consumidor porque o leite longa vida registrou pequena variação (0,67%), dando um refresco na média da inflação.

Para Matheus Peçanha, pesquisador do FGV IBRE e responsável pelo estudo, os preços dos alimentos ainda devem se manter em patamar elevado. “Apesar de várias commodities alimentícias aparentarem ter superado a crise climática, sobretudo milho e soja, a transmissão de preços desde o produtor de ração, passando pelo pecuarista até chegar ao consumidor final leva tempo, e uma nova tendência de alta no câmbio pode atrapalhar o preço do pãozinho”, explicou o economista.

FGV

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