O Ministério Público de Minas Gerais denunciou Romário dos Santos Cruz pelo assassinato da motorista de aplicativo Vanessa Jussara da Silva, em Uberlândia, no mês de outubro. Ele foi acusado dos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver, e pode enfrentar uma pena que varia de 20 a 40 anos de prisão.
Além da pena de reclusão, o Ministério Público solicitou o pagamento de uma indenização de R$ 50 mil à família da vítima, que deixou duas filhas.
De acordo com a denúncia, o crime foi cometido com extrema crueldade. Vanessa desapareceu após sair para trabalhar, e seu carro foi encontrado abandonado no bairro Dom Almir.
O corpo da vítima foi encontrado cinco dias após o desaparecimento, quando o próprio acusado indicou o local onde havia escondido. Em depoimento, Romário confessou o crime, revelando que estrangulou Vanessa e ocultou o corpo em uma área de mata próxima ao Parque Estadual do Pau Furado.
O caso é marcado pela frieza do acusado. Durante o período em que Vanessa estava desaparecida, o suspeito manteve contato com a família da vítima e chegou a demonstrar falsa preocupação com o sumiço da ex-companheira. Ele até se ofereceu para ajudar nas buscas, chegando a almoçar com a irmã de Vanessa.
As investigações também revelaram um histórico de violência: Romário já havia sido denunciado por violência doméstica meses antes do feminicídio.
Sua prisão ocorreu após ele tentar mudar o número de telefone e manifestar a intenção de deixar a cidade, levantando suspeitas da polícia.
O caso agora segue para julgamento pelo Tribunal do Júri, onde o réu será julgado. A expectativa é que a denúncia de feminicídio qualificado por extrema crueldade e ocultação de cadáver resulte na condenação do acusado.
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