“O fechamento prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na Constituição”, diz presidente

O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu, na noite desta 4ª feira (2.out), que manifestantes liberem as rodovias bloqueadas pelo Brasil, em protesto contra o resultado das eleições. “Sei que vocês estão chateados, estão tristes, esperavam outra coisa, eu também. Estou tão chateado quanto vocês, mas temos que ter a cabeça no lugar”, disse.

“O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na nossa Constituição, e nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas. Você têm que respeitar as outras pessoas que estão se movimentando. Além de prejuízo à nossa economia”,afirmou Bolsonaro, em vídeo publicado nas redes sociais. Assista:

 

 

O mandatário, ao se pronunciar pela primeira vez após a derrota nas urnas, já havia afirmado que as ações não podeiam ser semelhantes a “esquerda”, que interferem no direito de ir e vir. Na 3ª feira (1º.nov), Bolsonaro afirmou que o movimento é “fruto de indicação e sentimento de injustiça como se deu o processo eleitoral”, amenizando o movimento.

Os atos são realizados desde o último domingo (30.out) e reivindicam o resultado da eleição que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os bloqueios seguem prejudicando a circulação da população, além de provocar o desabastecimento de combustíveis e alimentos nos estados.

“Outras manifestações que vocês estão fazendo pelo Brasil todo, faz parte do do jogo democrático, fiquem à vontade, e deixo claro, vocês estão se manifestando espontaneamente”, afirmou o presidente nesta 4ª feira. “Deixa eu fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias, isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas, não vamos perder a nossa legitimidade”, disse.

“Por favor não pensem mal de mim, eu quero o bem de vocês”, declarou. Além do bloqueio de rodovias por caminhoneiros, protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ocorreram nesta 4ª feira (2.nov) nas principais capitais do país. Parte do movimento está próxima a quartéis militares.

Na capital federal, bolsonaristas montaram um acampamento em frente ao QG do Exército. Em São Paulo, manifestantes ocupam áreas à região do Ibirapuera. Há também registros na Avenida Anhanguera, em Jundiaí.

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