Investigação apura desvio de R$ 388 mil por meio de funcionários fantasmas, repasses ilegais e favorecimento a empresário da construção civil

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (7/7), uma operação em Uberaba, com foco no combate a crimes contra a administração pública e o sistema econômico-financeiro. O objetivo é apurar um esquema de desvio de recursos públicos, que teria causado um prejuízo estimado de R$ 388 mil aos cofres municipais.

Entre os investigados estão um político local, um empresário do ramo da construção civil, servidores públicos, profissionais da iniciativa privada, além de um aposentado e um estudante. A ação resultou no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, com a participação de cerca de 30 policiais civis.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos documentos financeiros, contábeis e fiscais, além de celulares e dispositivos eletrônicos. A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores dos envolvidos, até o limite de R$ 388 mil.

Investigação aponta funcionários fantasmas e corrupção

Segundo as apurações, o empresário teria financiado a campanha do político em questão e, em troca, passou a receber repasses irregulares de verbas públicas. Parte do dinheiro seria obtida por meio da nomeação de funcionários fantasmas no gabinete parlamentar, pessoas que recebiam salários e benefícios, como vale-alimentação, sem exercerem qualquer função de fato. Esses valores, conforme a investigação, eram repassados diretamente ao empresário.

Além disso, a PCMG apura a possível atuação de um servidor do Executivo municipal, suspeito de negociar a redução de multas da construção civil em benefício do mesmo empresário.

Os crimes investigados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, tráfico de influência, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O material recolhido será analisado e poderá fortalecer as próximas fases da investigação, que segue em andamento.