Especialistas defendem que a medida pode ajudar a diminuir o risco de apagões
A crise energética fez o governo federal avaliar o fim do horário de verão e especialistas defendem que a medida pode ajudar a diminuir o risco de apagões no país.
Uma simples mudança nos ponteiros pode representar uma economia de 2% a 3% no consumo de energia, parece pouco, mas não para quem conhece a realidade do sistema energético brasileiro, como o ex-diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Barata.
“Na situação em que vivenciamos hoje, a chamada crise hídrica e crise energética, toda economia que se faça de consumo ela é e será bem vinda”, afirma Barata.
Apesar de considerar os benefícios limitados, o Ministério de Minas e Energia está repensando o fim do horário de verão e estudando formas de distribuir os picos de consumo. Para Marcos Rosa dos Santos, engenheiro elétrico, a melhor maneira de fazer isso é aproveitando a luz do dia.
“A gente utiliza horário de verão, a gente achata essa curva nos horários de maior consumo e consequentemente a gente não coloca os equipamentos para trabalhar em situação de estresse”, afirma Marcos.
O horário diferenciado foi extinto pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019 sob o argumento de que causava mais transtornos do que economia.
Na próxima semana começa a primavera, e com ela chegam dias mais longos se compararmos com o inverno. Para o comércio, a medida ajudaria também para aumentar a circulação de pessoas.
“A luz do dia faz muita diferença para a gente. Então acaba que ajuda o movimento mesmo. Principalmente agora numa volta da pandemia, né, que querendo ou não atrapalhou muito. Então todo minuto que a gente conta com mais clientes é bacana”, diz a comerciante Natália Alves Machado.
Veja reportagem do SBT Brasil: