Antes de homicídios, criminoso ameaçou a ex e foi preso. Ela fugiu para a capital paulista
O homem que matou a ex-mulher e o próprio filho de dois anos, na zona leste de São Paulo (SP), teve autorização da Justiça para retirar a tornozeleira eletrônica que usava ao chegar na capital paulista.
Antes de ser preso preventivamente pelos homicídios, Ezequiel Ramos Freitas, de 39 anos, já tinha sido detido por agredir e ameaçar Michelli Niccolich, de 37. Ela fugiu de Ponta Porã (MS), temendo a violência do ex.
O crime foi cometido na última 2ª feira (12.set) em frente a uma escola infantil, quando Michelli buscava os filhos. O mais velho, de cinco anos, sobreviveu ileso ao ataque cometido com uma arma do tipo carabina. Câmeras de monitoramento da rua do local dos homicídios registraram a ação.
Freitas foi preso em flagrante e vídeos registrados por testemunhas mostram o criminoso sendo rendido no chão por um policial à paisana, minutos após os assassinatos.
Segundo a família de Michelli, o casal morava na cidade do Mato Grosso do Sul e Freitas estudava medicina. As brigas tornaram-se frequentes e a vítima decidiu se separar, há três meses, voltando para a capital paulista. A mulher teria descoberto uma suposta traição do ex. Depois, o criminoso a ameaçou e foi preso, usando a tornozeleira retirada, tempo depois, pela Justiça.
Freitas afirmou, em depoimento, que o crime foi motivado por “acerto de contas”, pois Michelli teria aplicado um “golpe financeiro” nele, não dividindo uma quantia de R$ 70 mil. O criminoso ainda afirmou que os dois eram “golpistas”. Segundo a polícia, “não existe nenhuma acusação ao casal deste tipo, mas nós vamos verificar essa possibilidade”.
A polícia ainda investiga se Freitas contou com a ajuda de um comparsa para emboscar a ex quando ela fosse buscar os filhos na escola. A arma usada no crime e o assassino é colecionador de armas. As vítimas foram enterradas em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo, sob comoção e pedidos de justiça.