Crescimento de trabalhadores diretos foi de 3,7%, o que representa 1,7 milhão de pessoas empregadas

A indústria de alimentos no Brasil abriu 70 mil novos postos de trabalho diretos e formais em 2023.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), 67% dos postos de trabalho criados foram para a indústria de transformação.

O levantamento também mostrou que o mercado disponibilizou 280 mil vagas para postos indiretos.

Crescimento de 3,7%

O balanço anual ainda revelou que houve um crescimento de 3,7% de trabalhadores diretos em relação a 2022, o que representa 1,7 milhão de pessoas empregadas.

O presidente-executivo da Abia, João Dornellas, afirmou que o resultado pode ser explicado pelo aumento de 5,1% da produção física (totalizando 270 milhões de toneladas de alimentos) e pelo incremento nos investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, ampliação e modernização de plantas.

Foram R$ 35,9 bilhões de investimentos alcançados em 2023, mais de 50% do acúmulo adquirido em 2022.

“O aumento significativo reflete os esforços do setor em impulsionar o crescimento e a competitividade. Além disso, estamos comprometidos em ampliar o espaço que a indústria ainda tem para produzir mais, pois a capacidade utilizada hoje é de 75%”, afirma Dornellas.

Faturamento

O total faturado em 2023 foi de R$ 1,161 trilhão.

A associação destaca que esse valor está acompanhando o crescimento das vendas para o varejo e o food service e das exportações.

O volume corresponde a 10,8% do PIB nacional.

Deste total, R$ 851 bilhões foram oriundos das vendas no mercado interno e R$ 310 bilhões vieram das exportações.

Bolso dos consumidores

Em 2023, o setor enfrentou menor variação de preços de itens como embalagens e combustíveis, o que aliviou os custos de produção de alimentos.

Os preços de algumas das principais commodities agrícolas arrefeceram, a exemplo do milho, trigo e soja. Entretanto, outras, como o cacau, café e açúcar, sofreram aumentos significativos.

O índice de preços de commodities da FAO registrou queda de 13,7% em relação ao ano anterior, porém permanece 19,2% acima do patamar de antes da pandemia.

O resultado dessa conjuntura foi percebido nas prateleiras dos supermercados: o IPCA para alimentos e bebidas variou apenas 1,02% em 2023, ante 11,6% no período anterior.

Exportação de alimentos industrializados

Em 2023, o Brasil se consolidou como o maior exportador mundial de alimentos industrializados (em volume), com 72,1 milhões de toneladas, acima dos Estados Unidos.

Isso representa um crescimento de 11,4% em relação a 2022.

Os principais destaques, em valor, foram produtos de proteínas animais (US$ 23,6 bilhões), produtos do açúcar (US$ 16,0 bilhões), farelo de soja e outros (US$ 12,6 bilhões), óleos e gorduras (US$ 3,6 bilhões) e sucos e preparações vegetais (US$ 2,9 bilhões).

Os maiores mercados consumidores foram a China, com US$ 11 bilhões e participação de 17,7%, comprando principalmente produtos de proteínas animais; seguida dos 22 países da Liga Árabe, com US$ 10,2 bilhões e 16,4% de participação, consumindo produtos do açúcar e de proteínas animais; e União Europeia, com US$ 9,1 bilhões, participação de 14,6% e destaque para produtos do açúcar e farelo de soja.

Com informações da Agência Brasil

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