Alta taxa de juros, no entanto, ainda desafia poder de compra das famílias

O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,92% em 2023, segundo projeção do Boletim Focus, do Banco Central (BC). Esta é a sexta semana seguida na qual os economistas consultados mostram uma boa expectativa em relação ao crescimento do país. O cenário estimula os pequenos negócios, que representam 99% das empresas brasileiras.

“Não é só um entusiasmo do mercado em relação à economia. A produtividade do trabalho no Brasil cresceu pela segunda vez seguida no segundo trimestre de 2023. É importante celebrar o momento econômico em que estamos vivendo, que nos traz um otimismo, com a possibilidade de o Brasil dar um grande salto em seu caminho”, avalia o presidente do Sebrae, Décio Lima.

Ele ressalta, no entanto, que ainda é necessária uma maior redução da taxa básica de juros (Selic), hoje em 12,75% ao ano, que acompanhe os indicadores positivos da economia brasileira. Isso porque a combinação de juros altos e inflação diminui o poder de compra das famílias, o que afeta a sobrevivência das empresas e consequentemente, da geração de empregos.

Segundo último balanço da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por exemplo, a taxa de endividamento chega a 77,4% das famílias brasileiras e a de inadimplência, 30%. A expectativa de Décio é que o programa Desenrola Brasil, que promete a negociação de dívidas, consiga recuperar o poder de compra das famílias e aumentar o otimismo dos empreendedores.

SBT News