Relatório da Jucemg aponta alta de 12,51% em relação aos cinco primeiros meses do ano anterior

Minas Gerais encerrou o último mês de maio com um volume de 39.997 empresas abertas no acumulado do ano. O número representa 4.447 novos empreendimentos a mais que no mesmo período do ano passado (35.550 registros), alta de 12,51%.

Os dados fazem parte do relatório mensal de registros mercantis produzido pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), entidade vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), do Governo de Minas, e divulgado nesta segunda-feira (24/6).

Ainda de acordo com o estudo, somente em maio, 7.532 novos negócios foram constituídos em Minas, um crescimento de 5,21% na comparação com maio do ano passado (7.159 aberturas).

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, atrela o resultado positivo às políticas públicas que propiciam um aumento da competitividade entre os setores produtivos estaduais.

“Hoje os empreendedores vêm para Minas porque confiam no trabalho que é feito aqui. Promovemos um ambiente atrativo para as grandes empresas e incentivamos a formalização e evolução dos pequenos negócios. Com isso, a geração de emprego e renda é consequência natural em um estado que preza pela livre iniciativa do mercado”, ressalta Passalio.

Segmentos em alta

Conforme o relatório da Jucemg, todos os segmentos – indústria, comércio e serviços – apresentaram saldo positivo no acumulado do ano na comparação com os cinco primeiros meses de 2023.

No setor de serviços, o crescimento foi de 14,25%; 11,46% no caso da indústria; e 7,45% nas empresas de comércio.

Apenas em maio, foram abertos 398 novos empreendimentos no setor da indústria, 1.701 no comércio; e 5.433 em serviços.

Redesim + Livre

Segundo a presidente da Jucemg, Patricia Vinte Di Iório, esse crescimento, em grande parte, é incentivado pela redução da burocracia, avanço na digitalização e maior facilidade na abertura e movimentação de empresas.

“O saldo positivo de empresas abertas este ano, somente nestes cinco primeiros meses, mostra que, em Minas Gerais, o empreendedor tem encontrado um ambiente cada vez mais atraente e favorável para implantar e expandir seus negócios”, completa Patricia.

Nesse sentido, um exemplo de ações que fomentam o empreendedorismo é o programa Redesim + Livre. Implementada pela primeira vez neste ano, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, a solução já conta com adesão de 17 municípios, sendo que mais 12 estão na etapa final de testes. Além disso, pelo menos 30 outras cidades mineiras estão em fase avançada de documentação.

Desenvolvida pela Sede-MG, em parceria com a Jucemg e o Sebrae Minas, a iniciativa é destinada aos municípios que fazem parte do programa Minas Livre Para Crescer e avançam na maturidade da liberdade econômica.

O sistema permite automatizar todas as etapas de abertura e legalização de empresas, no âmbito municipal, para os empreendimentos classificados como de baixo e médio risco, possibilitando que uma empresa esteja apta para funcionar em questão de poucos minutos.

Ranking regional

Ainda de acordo com o relatório, o Centro-Oeste (20%), Jequitinhonha/Mucuri (12,50%) e Vale do Rio Doce (11,44%) foram, em termos percentuais, as regiões que tiveram, em maio, o melhor desempenho em aberturas empresariais quando comparadas com o mesmo mês do ano passado.

Já em números absolutos, as regiões que mais constituíram firmas em maio foram a Central (3.362), que abrange Belo Horizonte, o Sul de Minas (893) e o Triângulo Mineiro (848).

Ranking municipal

Como nos meses anteriores, Belo Horizonte segue como o município com maior volume de abertura de empresas, com um total de 10.716 novos empreendimentos no acumulado do ano e 2.031 novos negócios constituídos em maio.

Na sequência, estão Uberlândia (2.444 no ano e 489 em maio), Contagem (1.319 e 240); Juiz de Fora (1.051 e 185); Montes Claros (829 e 171); Uberaba (810 e 137); Betim (600 e 112); Ipatinga (557 e 121); Divinópolis (541 e 72); e, para completar o Top 10, Governador Valadares (515 e 98).

MEI

O balanço da Jucemg considera empresas de qualquer porte, com exceção dos MEIs (microempreendedores individuais), cujas inscrições são realizadas diretamente no Portal do Empreendedor do governo federal, sem passar pelas juntas comerciais estaduais.

Encerramentos

O relatório da Jucemg informa ainda sobre as baixas empresariais em Minas, que, segundo o estudo, alcançaram 4.715 registros em maio, variação de 16,33% no comparativo com maio do ano passado (4.053 extinções). No acumulado do ano, as extinções somam 25.658 registros.

Agência Minas Gerais