Ação tem foco na Região Amazônica, que concentra 99% dos casos da doença

O Ministério da Saúde lançou, nesta 3ª feira (25.abr), uma campanha para erradicação da malária do Brasil, nos próximos 12 anos. A ação tem como principal foco a Região Amazônica, onde estão concentrados 99% de todos os casos no país. A cidade com maior número de registros é Jacareacanga, no sudeste do Pará.

Um comitê com nove ministérios foi criado para implementar as medidas. “Nós precisamos integrar várias pastas do Governo Federal, para que nós possamos chegar sim a esse importante marco do nosso país, que será a eliminação da malária, de outras doenças de determinação social”, ponderou a secretária da Vigilância em Saúde e Meio Ambiente do Ministério da Saúde, Ehtel Maciel, durante coletiva da pasta.

Os casos de malária transmitidos dentro das áreas onde foram registrados, o que indica surtos da doença, caíram 7,8% no ano passado em relação à 2021 – 128.319 registros em 2022 contra 193.108 no período anterior. Nos últimos quatro anos, 196 morreram em decorrência da doença.

Os sintomas mais comuns à malária – febre, frio, dor no corpo e de cabeça – também costumam ser confundidos com os da febre amarela. “Para malária – a gente está em teste ainda – já tem vacina, mas ainda não foi disponibilizado na rede pública, e para a febre amarela, a gente tem né?”, lembra o chefe da divisão de Controle de Endemias da Sesma, Alberto Rodrigues.

A principal forma de eliminar a malária é interromper ao ciclo de transmissão: ampliar os diagnósticos e fazer o tratamento correto para que os mosquitos não se infectem.

Seu Edson já teve malária 16 vezes, em 5 anos de trabalho em um garimpo, no interior do Pará, e alerta: “febre, frio, dor de cabeça, dor no corpo, não dá apetite… tem que fazer o tratamento. Você sentiu, tem que logo procurar”.