O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta terça (29), em Uberlândia, a 5ª fase da Operação Lavanderia dos Sonhos
A operação visa a apuração e repressão qualificada à organização criminosa envolvida com a prática de infrações penais graves na cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, como a lavagem de dinheiro decorrente da exploração de jogos de azar, dentre os quais o jogo do bicho. Dez mandados de busca e apreensão contra técnicos de informática investigados por prestar serviços para a organização criminosa.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) participou da ação em conjunto com o Ministério Público e pela Polícia Militar de Minas Gerais. A operação ocorre simultaneamente nas cidades Belo Horizonte, Salvador-BA, e Niterói-RJ, onde estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão, em alvos relacionados a pessoas físicas e jurídicas, supostamente envolvidas em um complexo esquema de prestação de serviços informatizados e dissimulação de pagamentos mediante operações estruturadas e utilização de empresas de fachada.
As medidas desencadeadas nesta data contam com a efetiva participação de 80 agentes públicos, entre membros do Ministério Público e integrantes das forças de segurança pública: 12 promotores de Justiça, sendo 9 de Minas Gerais, 1 da Bahia e 2 do Rio de Janeiro; 1 delegado de Polícia Civil, 17 policiais civis, 12 policiais militares, 12 policiais rodoviários federais, 18 policiais do Gaeco-BA, bem como 08 servidores/colaboradores dos Ministérios Públicos mineiro, baiano e fluminense.
As três primeiras fases da Operação Lavanderia dos Sonhos foram deflagradas em 2022, assim como oferecida denúncia criminal pelo MPMG em desfavor dos integrantes da organização criminosa. Durante a terceira fase, deflagrada em 2023, Luzia Alves Vieira, apontada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) como a chefe da quadrilha, foi presa. Ainda em 2023 foi deflagrada a 4ª fase da operação, com duas subfases
Após análise das provas obtidas nas primeiras fases da mencionada operação, descobriu-se que o consórcio criminoso contava com estruturas essenciais ao êxito de suas ações e negócio que ainda não tinham sido detectadas por completo quando do oferecimento da ação penal, sendo que uma dessas estruturas consiste no desenvolvimento, aprimoramento, implantação e operacionalização dos sistemas informatizados utilizados pela organização criminosa para suas apostas ilegais e controle das operações, assim como do fluxo financeiro da atividade ilícita.