Cão da raça golden retriever deveria ser levado para Mato Grosso, mas foi enviado por engano para o Ceará; viagem levou 8 horas
A Polícia Civil de São Paulo irá investigar as circunstâncias da morte do cachorro Joca, da raça Golden Retriever, que embarcou para o destino errado devido a uma falha operacional da Gol. O cão deveria ter sido levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para Sinop (MT), onde encontraria com o tutor, mas foi parar em Fortaleza (CE).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso será investigado pela Delegacia do Meio Ambiente, onde a mãe do tutor de Joca, Márcia Martins, prestou depoimento na terça-feira (23). O corpo do animal foi submetido ao exame de necropsia, e o resultado deve sair em 30 dias. Posteriormente, os laudos serão analisados.
Joca tinha quatro anos. O tutor João Fantazzini estava se mudando para o Mato Grosso e embarcou para Sinop com o intuito de chegar à cidade no mesmo horário que o cachorro. Ao desembarcar, no entanto, ele foi informado de que o animal, que estava em uma caixa de transporte, havia sido levado para Fortaleza.
A viagem, que deveria levar até duas horas e meia, demorou quase oito horas. Durante a espera, Joca ficou cerca de 1h30 na pista de embarque e desembarque, com temperatura de 36°C. A família conta que o cachorro ficou sem comida durante o período.
A companhia ofereceu voo de ida e volta de Mato Grosso a São Paulo gratuito, além de hospedagem para João. Ao chegar a São Paulo, um funcionário da companhia recebeu o tutor, dizendo que Joca não “se sentiu bem” durante voo e que um veterinário havia sido acionado pela companhia. Quando desembarcou, o cachorro já estava sem vida.
Em nota, a Gol lamentou o ocorrido, expressando solidariedade com o sofrimento da família. Para auxiliar na investigação do caso, a companhia aérea suspendeu o transporte de cães e gatos nos porões das aeronaves por 30 dias. “A apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com total prioridade pelo nosso time”, disse.