Estudantes desenvolveram um protótipo que gera energia limpa e renovável e foi reconhecido pela Febrace

Estudantes da Escola Sandoval Soares de Azevedo, pertencente ao complexo da Fundação Helena Antipoff (FHA), em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que é vinculada à Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), tornaram-se finalistas da maior feira de fomento à ciência do país, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A cerimônia de premiação do melhor projeto será realizada no dia 22/3, em São Paulo. 

Os estudantes João Vitor Gomes e Artur Gomes, ambos de 17 anos, do terceiro ano do ensino médio da instituição e com orientação da professora de matemática, Lidiane Santos, desenvolveram o projeto “Eletrólise Caseira com H2O Descristalinizada: Hidrogênio e Amônia Verde” e vão representar a rede estadual pública de ensino na feira que conta com participantes de todas as regiões do país e rede de ensino.  

Por meio de um método chamado ‘eletrólise’, foi desenvolvido um protótipo que produz o hidrogênio verde, que gera energia limpa e renovável. A ideia do projeto nasceu de um estudo do jornalista e especialista em crise climática, David Foster Wallace, que afirma que cerca de 85% do gás carbônico e metano lançados na atmosfera vêm da queima de combustíveis fósseis e do uso de energias poluentes. 

Para concorrer à Febrace, o projeto precisa seguir alguns critérios, como criatividade e inovação e propor uma resposta original à questão levantada, além de um método confiável. Além disso, também são analisados a metodologia científica, metodologia de engenharia, o planejamento de pesquisa, o diário de produção do projeto e demais análises relativas à divulgação.

O projeto

Primeiramente, os estudantes realizaram uma ampla pesquisa sobre o funcionamento do processo, depois iniciaram a redação e validação dos dados compilados. Em seguida, foi criado um protótipo que tem a finalidade de gerar energia elétrica por meio do hidrogênio para ser usada em ambientes domiciliares.

Para o estudante Artur Gomes, a participação na feira é uma experiência muito importante. “É um sentimento único de aprendizado, inovação e evolução, principalmente ver que nosso esforço está sendo reconhecido, todo o trabalho durante o ano inteiro sendo elogiado e recebendo incentivos. E nós já estamos super ansiosos para apresentar o nosso trabalho na Febrace”. 

João Vitor Gomes, também autor do projeto, conta como o reconhecimento é importante para incentivar ainda mais nos estudos. “A cada feedback nos ajuda a preparar o trabalho para diferentes questionamentos e circunstâncias, além do fato de que as experiências que eu e minha equipe temos, nos tem feito crescer muito como alunos e pesquisadores, pois temos sempre novos desafios e oportunidades de ganhar conhecimento em várias áreas diferentes”, diz.

“Está sendo muito gratificante participar de projetos que trazem um crescimento e amadurecimento para os alunos, tornando-os assim bem preparados e qualificados não só para o mercado de trabalho, mas para quaisquer projetos que eles venham a participar na sua carreira profissional e pessoal”, avalia a professora Lidiane Santos, orientadora do projeto.

A equipe de robótica, da qual Artur e João fazem parte, também é composta por Ana Clara Oliveira; Anna Clara Gomes; Evelyn Kamille de Carvalho; Kennedy Melo, Thiago Costa e Vitória de Souza que, juntos, já estiveram presentes em outras feiras e diversas premiações. 

Sobre a Febrace

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) é um movimento nacional de estímulo à cultura científica, à inovação e ao empreendedorismo na educação básica (fundamental, média e técnica), e seus principais objetivos são estimular novas vocações em Ciências e Engenharia, e induzir práticas pedagógicas inovadoras nas escolas.

O estímulo a novas vocações é realizado por meio do desenvolvimento de projetos criativos, inovadores e significativos para os estudantes que o executam e para a sociedade. Práticas pedagógicas inovadoras proporcionam situações e orientações para que eles concebem e desenvolvem projetos investigativos.

A Febrace propicia também a aproximação entre escolas e universidades e a interação espontânea entre estudantes, professores, profissionais e cientistas, criando espaços para a troca de experiências, de novas oportunidades e de ampliação das fronteiras do conhecimento. A cerimônia de premiação da Febrace 2024 será realizada no dia 22/3. 

Agência Minas Gerais