A Operação Expocampo, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais, teve como um dos alvos a residência do pai de um vereador do município de Campo Florido, ex-prefeito e ex-parlamentar local. A ação faz parte das investigações que apuram um possível esquema de desvio de recursos públicos, supostamente ligados a contratos firmados entre a Prefeitura e empresas de fachada.
De acordo com as informações obtidas pela reportagem, o endereço foi incluído nas diligências após a descoberta de que uma empresa recém-criada em nome do neto do ex-prefeito estava registrada no mesmo local. A corporação apura se o empreendimento seria de fato uma empresa de fachada utilizada para simular contratos e movimentar recursos públicos de forma ilícita.
Segundo as investigações, a empresa foi aberta no início deste ano com a suposta finalidade de locação de máquinas pesadas. Pouco tempo depois, passou a firmar contratos com a Prefeitura de Campo Florido, movimentando valores considerados expressivos e incompatíveis com seu capital social declarado.
O fato de o negócio ser recém-constituído, possuir capital irrisório e ainda assim ter acesso direto a contratos públicos de grande porte acendeu o alerta dos investigadores, que identificaram fortes indícios de favorecimento político e possível fraude em licitação.
Com base nas evidências, a Polícia Civil solicitou à 2ª Vara Criminal de Uberaba a expedição de mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos no endereço onde a empresa está registrada. Documentos, computadores e dispositivos eletrônicos foram recolhidos para análise pericial.
Fontes ligadas à investigação afirmam que há suspeitas de que o contrato investigado teria sido firmado para quitar acordos políticos, o que configuraria desvio de finalidade e possível corrupção ativa e passiva. O material apreendido poderá comprovar o vínculo entre os agentes públicos e particulares envolvidos no suposto esquema.
A Operação Expocampo é conduzida pela Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCCOR/LD), com o apoio do Ministério Público de Minas Gerais. As diligências seguem em andamento, e novos desdobramentos poderão revelar a extensão do esquema e o envolvimento de outros agentes públicos.
Esta matéria segue acompanhando o caso e aguarda manifestação oficial das autoridades sobre o conteúdo apreendido e os próximos passos da investigação, estando sujeita a atualização.
