Com ampliação no monitoramento da Receita Federal, surgiram diversos conteúdos falsos sobre essa forma de pagamento
O Pix voltou a ficar em evidência, desde o início do ano, quando a Receita Federal passou a monitorar as transações financeiras realizadas em instituições financeiras. Além disso, receberá, uma vez por ano, dados dos bancos e fintechs sobre movimentações de valores acima de R$ 5.000,00 para pessoas físicas e R$ 15.000,00 para jurídicas.
A discussão levantada esbarra em questões de segurança da modalidade de pagamento, e no compartilhamento de fake news sobre possíveis cobranças de taxas — o que não corresponde à realidade. O presidente Lula (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já desmentiram essa informação.
Quais outras mudanças no Pix em 2025?
Por aproximação
Pix por aproximação deve começar a funcionar até o fim de fevereiro, segundo o Banco Central.
Essa modalidade permite integrar o sistema de pagamento instantâneo à tecnologia NFC (near-field communication, em inglês) dos smartphones, aquela mesma já usada em pagamentos com cartões de crédito e/ou débito cadastrados por usuários em celulares.
Dessa maneira, bastará registrar modalidade Pix nas carteiras virtuais, utilizando saldo em conta.
Pix automático
Já o Pix automático deve ser lançado em 16 de junho.
Nesse método, parecido com débito automático, é possível configurar pagamento de contas recorrentes, como água, internet e luz, via pagamento instantâneo.
E qual será a vantagem? Transferência na hora, identificação mais ágil do que outras formas de pagamento, como débito ou depósito, e menos chances de erro no processamento.
Como fazer um Pix?
Primeiro, abra o aplicativo do seu banco e acesse a função Pix. Depois, crie uma chave de segurança: aleatória, número de celular, email ou CPF/CNPJ. Em seguida, clique em “transferir com Pix” e depois inclua a chave Pix da pessoa que irá receber a transferência em dinheiro. É importante conferir os dados.
Para consolidar a transferência ou pagamento, o próprio sistema vai identificar que aquela chave Pix é da pessoa para quem você está transferindo o dinheiro. Na sequência, informe o valor e a data da transferência. Antes de finalizar a transação, cheque todos os dados (nome de quem vai receber o dinheiro, valor e data), coloque sua senha e clique em enviar.
Dicas de segurança
Para se proteger, é essencial conhecer as principais práticas fraudulentas e adotar medidas de segurança ao realizar transações. Confira abaixo orientações para usar o Pix de forma segura.
1. Cuidado com QR Codes falsos: antes de concluir uma transação, verifique se os dados exibidos na tela do celular correspondem ao destinatário correto;
2. Evite redes públicas de Wi-Fi: não realize transferências financeiras em conexões abertas, como as disponíveis em shoppings ou restaurantes. Essas redes podem ser monitoradas por golpistas;
3. Use apenas aplicativos oficiais de bancos: não clique em links enviados por mensagens ou e-mails que direcionam para supostos sites bancários. Sempre acesse os serviços financeiros pelo aplicativo oficial;
4. Não compartilhe dados pessoais: evite fornecer informações bancárias, senhas ou outros dados sensíveis por telefone, e-mail ou mensagens de texto;
5. Desconfie de ofertas e mensagens urgentes: golpistas frequentemente criam um senso de urgência para enganar as vítimas, como no caso do golpe do “bug do Pix”;
6. Confirme solicitações de transferência: antes de realizar um Pix para um amigo ou familiar que pede ajuda financeira, entre em contato com a pessoa diretamente para confirmar o pedido.
7. Ative a autenticação em dois fatores: Em aplicativos como o WhatsApp, essa medida impede que golpistas acessem sua conta e tentem enganar seus contatos;
Proteção extra contra roubos
Para reduzir riscos em caso de roubo de celular, configure limites de transferência nos aplicativos bancários, especialmente para horários noturnos.
Outra opção é utilizar, se possível, um celular secundário exclusivamente para operações financeiras, o que facilita o bloqueio de contas em situações de emergência.
Atenção aos detalhes
Verifique sempre os dados do destinatário antes de confirmar qualquer transferência. Substituições sutis em números ou letras das chaves Pix são um truque comum usado por golpistas. Além disso, bancos e instituições confiáveis não solicitam informações sensíveis por telefone ou mensagens.
Criminosos costumam aplicar golpes com prazos curtos e exigências imediatas, como em casos de promoções falsas ou sites de leilões fraudulentos. Resista à pressão e analise as informações com calma antes de realizar qualquer transação.
Alternativas ao Pix
Se tiver dúvidas sobre a segurança de uma transferência via Pix, considere métodos alternativos, como o TED. Apesar de levar mais tempo, essa modalidade permite bloqueios e estornos mais facilmente em caso de problemas.
Seguir essas orientações pode ajudar a evitar golpes e tornar o uso do Pix mais seguro no dia a dia.
SBT News