Mais de 1.000 infecções foram contabilizadas na região; SP lidera ranking de diagnósticos

Sudeste já concentra quase 80% dos casos de Mpox registrados no Brasil em 2024. É o que aponta o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na noite de quarta-feira (16). Ao todo, 1.061 infecções confirmadas ou prováveis da doença foram contabilizadas na região, o equivalente a 78,4% do total de casos (1.353).

Esse número é liderado pelo estado de São Paulo, que conta com 696 casos de Mpox, seguido pelo Rio de Janeiro (291). O perfil dos casos confirmados e prováveis continua sendo de pessoas do sexo masculino na faixa etária de 18 a 39 anos.

Até o momento, não foram registrados óbitos da Mpox este ano. Segundo os dados, 101 pessoas que testaram positivo para a doença, no entanto, precisaram ser hospitalizadas, sendo alguns para manejo clínico e outros para isolamento. Somente 12 casos necessitaram de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Casos confirmados e prováveis de Mpox no Brasil | Divulgação/Ministério da Saúde
Casos confirmados e prováveis de Mpox no Brasil | Divulgação/Ministério da Saúde

A Mpox voltou a ser classificada como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em agosto. A decisão levou em conta o alto número de casos confirmados em mais de 12 países e a disseminação de uma nova forma do vírus.

O que é a Mpox?

A Mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV). Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato próximo com pessoas infectadas, sobretudo por vias sexuais. O intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação dos sintomas varia entre três e 16 dias.

Inicialmente, os sintomas da doença incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Após três dias, o paciente pode começar a desenvolver erupções cutâneas.

De acordo com a OMS, o principal meio de prevenção é evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. No caso da necessidade de contato, como profissionais da saúde, deve-se utilizar luvas, máscaras e óculos de proteção. Também é recomendado que os infectados não compartilhem itens como toalhas, roupas e lençóis.

SBT News