Justiça recusou pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa do jogador brasileiro acusado de estupro

O Tribunal de Barcelona recusou na manhã desta terça-feira (21) o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa de Daniel Alves. Desta forma, o jogador brasileiro seguirá em prisão preventiva enquanto é investigado pelo suposto estupro de uma jovem de 23 anos.

O tribunal avaliou que existem evidências consideráveis da ocorrência de um crime e que a riqueza de Daniel Alves poderia facilitar sua tentativa de fuga, independentemente do valor da fiança. A defesa do brasileiro ainda pode recorrer da decisão.

“Nada impediria o senhor (Daniel) Alves de deixar a Espanha por via aérea, marítima ou mesmo terrestre sem documentação e chegar ao seu país de origem, onde poderia ficar sabendo que não seria entregue à Espanha, apesar dos mandados de prisão internacionais ou ordens de extradição”, avaliou o tribunal, tendo em vista que o Brasil não extradita seus próprios cidadãos condenados em outros países.

Daniel Alves foi detido provisoriamente em janeiro, depois de ser acusado de ter estuprado uma mulher em uma boate, em dezembro do ano passado. Ele negou qualquer irregularidade e disse que o sexo ocorreu de forma consensual.

De acordo com a lei de consentimento sexual da Espanha, aprovada no ano passado, a agressão sexual inclui uma ampla gama de crimes, desde abuso online e apalpação até estupro, cada um com diferentes punições possíveis. Um caso de estupro, por exemplo pode receber uma pena máxima de 15 anos.