Ao analisar superficialmente, o planejamento do Uberlândia Esporte Clube (UEC) está fluindo bem, tudo certinho, desde o ano passado

A equipe Alviverde conseguiu o acesso para a elite de Minas, e neste ano, outros objetivos foram alcançados: permanência na 1ª divisão; vaga para o Brasileirão Série D; uma semifinal de Troféu Inconfidência, com possibilidade de título e, por consequência, vaga na Copa do Brasil. Mas, é preciso aprofundar. Temos que encarar estas conquistas com um sorriso bem amarelo, e não com louvor.

O estadual de Minas Gerais é qualquer coisa, menos um campeonato. Trata-se de um torneio mal elaborado, cujo campeão não enfrenta todos os rivais. Além desse detalhe, a tabela não oportuniza aos clubes, o princípio geral de igualdade. Enquanto algumas equipes fazem dois jogos seguidos dentro de casa, outras jogam duas fora, sem a chance de fazerem dois duelos em sequência perante à sua torcida. Um desequilíbrio técnico irreparável.

Em um torneio tão curto, esse critério não poderia ser usado. Quanto aos clubes do interior, admiro muito o trabalho que é feito no Tombense, que acabou de conquistar o tetracampeonato do interior. Trata-se de um clube simpaticíssimo, que tem um admirável modelo de gestão. Os demais times, sinceramente, muita dificuldade financeira, e um festival de mediocridade técnica. Até mesmo os times SAF me decepcionaram profundamente, na qualidade dentro de campo. Bem, eu disse acima, que os louros do Verdão neste Campeonato Mineiro devem ser encarados com um sorriso amarelo.

Não se pode comemorar uma primeira fase com somente uma vitória dentro de casa; outra fora, e com inacreditáveis cinco pontos perdidos, em pleno Parque do Sabiá, para equipes que irão jogar o Triangular de Repescagem. Esportivamente falando, é inaceitável e fica uma grande advertência para o ano que vem, com calendário cheio. Poupo de críticas os atletas do Furacão Verde. O problema está longe de ser dentro de campo.

A gestão diária do clube, há muito tempo, não é a ideal. Os departamentos não falam a mesma língua, não há uniformidade nos processos corriqueiros. Será tema de análise em uma próxima oportunidade. Sobre Wellington Fajardo, outra vez, heim professor?! Parabéns. Por tantos feitos, você merece uma grande homenagem imortalizada no CT Ninho do Periquito. Reafirmo que tenho muito a escrever, aqui neste espaço, e a falar na Rádio e TV Vitoriosa.

O Verde ainda tem um Troféu Inconfidência pela frente, e juntos estaremos com o time de nossa terra querida em mais essa saga, nos gramados de Minas Gerais.