Quatro pessoas estão sob investigação de crime de ódio e têm restrições de proximidade a estádios em jogos da liga local

Quatro pessoas acusadas de pendurar um boneco do jogador do Real Madrid Vinícius Júnior, em uma ponte rodoviária da Espanha, foram libertadas da custódia nesta quinta-feira (25), enquanto estão sob investigação por crime de ódio.

Um juiz de Madri proibiu os acusados de tentarem se comunicar com Vinícius. Eles também têm uma ordem de restrição temporária, que os proíbe de percorrer uma área de um quilômetro ao redor do estádio do clube e das instalações de treinamento e de chegar à mesma distância de qualquer estádio de futebol entre quatro horas antes e quatro horas depois de um jogo da liga espanhola.

O comunicado do tribunal esclareceu que as pessoas também estão sendo investigadas por tentarem lesar a integridade moral de Vinícius. Acrescentou que os quatro optaram por não responder às perguntas do juiz em sua primeira audiência no tribunal, como prevê os direitos constitucionais espanhóis.

O suposto crime ocorreu em 26 de janeiro, às vésperas do clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid. Mas as pessoas só foram presas na última terça-feira, quando a polícia agiu após alvoroço público na Espanha por conta de novo abuso racial direcionado a Vinícius, desta vez contra o Valencia.

No país europeu, os crimes de ódio são normalmente punidos com um a quatro anos de prisão, enquanto os crimes contra a integridade moral de uma pessoa são punidos com seis a 24 meses de privação de liberdade.