Romário adiantou possível candidatura ao cargo máximo da maior entidade do futebol brasileiro Fonte: Evaristo Sá/AFP

Um dos maiores críticos da atual gestão da CBF, o senador Romário (Podemos-RJ) revelou nesta terça-feira que poderá se candidatar à presidência da CBF. O ex-jogador confirmou esta possibilidade ao comentar a punição aplicada a Marco Polo Del Nero, que teve de afastar do comando da entidade nacional após a Fifa suspendê-lo, na última sexta-feira, por 90 dias de qualquer atividade ligada ao futebol.

Grande nome do tetracampeonato mundial conquistado pela seleção brasileira na Copa de 1994, o ex-atacante revelou a chance de se candidatar à presidência da CBF por meio de uma publicação em sua rede social Instagram, ilustrada com a frase “Um presidente para a CBF” à frente de uma foto da sede da entidade. No post, ele também ressaltou que hoje “não existe democracia na CBF” e apontou que o atual estatuto do organismo “protege os corruptos”.

“Depois que a Fifa suspendeu o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, de qualquer atividade relacionada ao futebol em nível nacional e internacional, existe uma pergunta no ar: quem será o próximo presidente da CBF? A resposta correta é dizer que será um daqueles vices viciados e corruptos, que fazem parte do sistema instalado por Havelange, mantido por Teixeira e todos os outros que os sucederam”, afirmou Romário, ao iniciar a sua publicação desta terça.

Em seguida, ele ressaltou: “Mas qual seria a resposta ideal? Nossa utopia é ver alguém que ama futebol naquele cargo. Hoje está um que ama dinheiro e é capaz de matar o futebol para obtê-lo. E o fez nos últimos anos, vulgo o 7 a 1 (na semifinal da Copa de 2014, contra a Alemanha). O futebol brasileiro chegou ao fundo do poço em termos de vergonha. Não bastassem os vexames em campo, pela falta de renovação, passamos vergonha internacionalmente por ver os gestores do futebol presos ou indiciados”.

Romário, entretanto, deixou claro que não apenas seguirá criticando os atuais dirigentes da CBF, mas sim possui ambição de poder comandar a entidade.

“Muitos me perguntam se eu sou candidato, afinal, ninguém mais lutou tão vigorosamente contra essa quadrilha e é legítimo que eu me candidate. Então, sim, a resposta é posso sim vir a ser candidato. Tenho todos os pré-requisitos para isso. Toda minha contribuição para o futebol, dentro e fora de campo, são as minhas credenciais. Hoje a CBF gasta mais com luxo de dirigente do que com investimento no futebol em si. Além dos roubos comprovados pela CPI, como compra de sede superfaturada e contratos de patrocínios fraudulentos”, atacou.

Depois, ao finalizar a sua publicação, Romário já falou como um candidato ao enumerar possíveis medidas que pretende promover caso consiga ser eleito presidente da CBF.

“Temos que fechar essa torneira de corrupção e investir nos jovens atletas, voltar o esporte um pouco para o social, investir no futebol de base e no futebol feminino. O esporte tem um poder transformador e, aliado a isso, junto com as federações, os clubes, os atletas e os torcedores, promover um futebol bom pra todos. Mas da forma como está o estatuto hoje, ninguém de fora da estrutura pode ser candidato. Não existe democracia na CBF. Os corruptos se protegem”, escreveu.

Por fim, Romário destacou: “Já lancei o movimento por Diretas Já na CBF. Agora clamo a todos que amam o futebol e estão cansados de tanta sacanagem a se juntar a mim nessa causa. Jogadores, ex-jogadores, técnicos, clubes, empresários e até presidentes de federação que queiram a mudança. Vamos juntos!”.

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