A partida contra o Peñarol, em Montevidéu, aconteceu em clima tenso para torcida e delegação alvinegra no Uruguai

As cenas de violência envolvendo uruguaios no Rio de Janeiro, antes da partida de ida da semifinal entre Botafogo e Peñarol, fizeram o jogo de volta, em Montevidéu, ter uma clima pesado fora de campo. Após a partida, que garantiu o Glorioso na final da Libertadores, o técnico Artur Jorge falou sobre o desafio de blindar o elenco do ambiente extracampo.

A preocupação com a segurança dos torcedores do Botafogo e da própria delegação alvinegra eram grandes e, segundo treinador, o ônibus do time foi apedrejado na chegada ao Centenario.

“Não é fácil fazer essa blindagem. Chegamos no estádio com vidros quebrados e jogadores atingidos por pedras no ônibus. Temos que afastar isso e olhar para aquilo que é o jogo, porque nós viemos aqui para disputar e vencer o jogo e avançar na eliminatória. Mas a verdade é que os ataques têm impacto. Não tem como fugir. As pedras que entraram no ônibus mexem no subconsciente dos atletas, portanto não podemos abdicar de falar sobre isso”, afirmou Artur Jorge após a classificação do Botafogo.

Tensão em Montevidéu

As cenas de violência no Rio de Janeiro, que resultou na prisão de 21 uruguaios que seguem detidos até esta quarta (30), resultaram em um clima tenso para os botafoguenses em Montevidéu.

O governo do Uruguai determinou que a partida fosse realizada sem a torcida visitante por “risco à segurança”, mas a Conmebol entrou no circuito e o jogo foi transferido para o Centenario.

Na ida ao estádio, os ônibus com torcedores do Botafogo foram apedrejados apesar da escolta policial. Após o jogo, Artur Jorge revelou que a delegação do alvinegro também foi atacada.

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