Na Cidade do Galo, o segredo é total. Os três últimos treinos antes do clássico contra o Cruzeiro foram fechados à imprensa. Tudo para manter a privacidade de jogadores e comissão técnica do Atlético, que encara a partida deste domingo, no Mineirão, como a chance de se firmar ainda mais na briga pelas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro.
Mas para quê tanto mistério? Segundo o técnico Thiago Larghi, o sigilo não se deve apenas à possibilidade de surpreender o Cruzeiro na escalação. No entendimento do treinador, os treinos privados garantem foco maior dos jogadores e a chance de ensaiar situações táticas específicas para o clássico.
“Existe o fator de concentração, em que a gente pede para que o jogador esteja mais atento, pode fazer um treino um pouquinho mais privado, com o nível de atenção lá em cima, porque o tempo é curto e a gente precisa otimizá-lo. Dentro do jogo, sempre há movimentos e ações táticas que são pontuais, que a gente varia de jogo para jogo. Para esse jogo de domingo não é diferente. A gente tem jogadores que podem fazer a mesma posição, mas com funções diferentes, um sendo mais agudo, um com mais flutuação”, disse o treinador.
Afinal, quais são as possibilidades de Larghi? A tendência é que o treinador mantenha a base do time que tem atuado nas últimas partidas. Há, entretanto, opções para um mesmo setor que podem mudar a maneira como o Atlético joga. As principais dúvidas são no ataque e no meio.
Na ponta…
No ataque, a tendência é que Chará – desfalque nas últimas partidas por conta de uma convocação para a Seleção Colombiana – retome a titularidade. Com ele, o Atlético ganha velocidade, amplitude e profundidade nas ações ofensivas.
Outra opção menos provável para a ponta esquerda, já que o lado direito deve mesmo ser ocupado por Luan, é Tomás Andrade. O argentino, que foi titular na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-PR, tem um jogo mais cadenciado e de aproximação. Se quiser que o time fique mais com a bola, Larghi pode utilizar o meia.
Correm por fora na disputa Nathan, David Terans, Leandrinho, Bruninho e Denílson.
No meio…
Além de poder optar por jogadores com diferentes características para um mesmo setor de campo, Larghi também tem possibilidades de mudanças táticas no meio. Se quiser manter a base do trabalho, o comandante escalará um volante (provavelmente Adilson) e dois meio-campistas mais avançados.
A tendência é que Cazares esteja entre esses meias. Ao lado dele, a grande dúvida: Elias ou Matheus Galdezani? Os dois meio-campistas são os principais aspirantes à vaga. No entanto, há outras possibilidades.
Se quiser montar um time mais marcador, Thiago Larghi pode lançar mão de um meio-campo com dois volantes de origem e apenas um jogador de criação. Nesse cenário, os principais responsáveis pela marcação seriam Adilson e José Welison. À frente, podem jogar nomes como Cazares, Elias e Galdezani, por exemplo.
Nathan, Terans, Bruninho e Lucas Cândido até podem ocupar alguma das três funções, mas a tendência é que não sejam titulares neste domingo. Um possível time titular do Atlético contaria com Victor; Emerson, Leonardo Silva, Iago Maidana e Fábio Santos; Adilson, Elias (Galdezani ou José Welison) e Cazares; Luan, Chará e Ricardo Oliveira.
O Atlético ‘visita’ o Cruzeiro neste domingo, a partir das 16h, no Mineirão, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Atualmente, o time alvinegro tem 41 pontos e ocupa a quinta colocação.
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