O Atlético do técnico Roger Machado conta com quatro jogadores estrangeiros em seu grupo em 2017, mas somente um deles reina como titular: o equatoriano Cazares. Depois de viver período de instabilidade no ano passado e nos primeiros meses de 2017, o camisa 10 mostra evolução a cada jogo e tem sido fundamental no esquema do treinador no quesito gols e finalizações. Dos 68 gols na temporada, o armador participou de 20 – seja com bolas na rede ou passes e lançamentos para os companheiros.
Com Roger, Cazares cresceu de rendimento e se habituou ao estilo de jogo mais cadenciado, com agressão pontual ao adversário e opção pela posse de bola. Na temporada anterior, o equatoriano passou por dificuldades e problemas extracampo e demorou para se adaptar ao clube. Com isso, viveu altos e baixos com o uruguaio Diego Aguirre e com Marcelo Oliveira.
Um fato que ocorreu em 2017 foi fundamental para o crescimento de Cazares: a conversa franca do jogador com Roger Machado em janeiro, ainda na pré-temporada. Mostrando-se franco, o equatoriano sinalizou para o treinador o espaço físico no campo em que gostava de atuar – como autêntico armador, jogando de frente para o gol. E o treinador soube entendê-lo, deixando de escalá-lo pelos lados.
“Não é fácil um estrangeiro se adaptar no início. Há um deslumbramento natural. Depois que ele está disposto a aprender e foca, é mais fácil trabalhar. Ele teve uma evolução muito grande e ocupa um espaço do time em que é muito difícil achar uma alternativa. O Valdívia foi importante contra a Chapecoense e deu assistência, e o Robinho faz essa função. No período em que esteve fora, tivemos insucessos. Ele está mais maduro e focado. O futebol brasileiro ganha com um jogador desse talento”, afirma Roger.
Resultados
O gol na quinta-feira contra o Botafogo foi o sétimo do camisa 10 neste ano. A prova de sua eficiência está nos resultados da equipe. Quando ele esteve fora recentemente, devido aos amistosos da Seleção Equatoriana nos Estados Unidos, o Atlético teve dificuldades na criação de jogadas e perdeu dois de seus confrontos (Vitória, em Salvador) e Atlético-PR (Independência), tendo vencido o Avaí no Horto sem brilho.
E agora o armador tenta se preparar para um desafio extra: ajudar o Galo a vencer o clássico com o Cruzeiro, amanhã, às 16h, no Independência, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. No último confronto entre os rivais, em maio, o jogador foi fundamental na conquista do 44º título mineiro – deu o passe para Elias marcar o gol do triunfo por 2 a 1, também no Horto. Aquela foi a primeira vitória do jogador sobre a Raposa.
Ainda que tenha balançado várias vezes as redes, Cazares afirma que o mais importante é construir jogadas com qualidade para que os companheiros marquem: “Dar assistências é importante. É melhor uma assistência do que um gol. É importante dar passes para companheiros. Treinamos forte. O time sabe jogar e vamos fazer com que tudo saia melhor. Estamos trabalhando bem para fazer boas partidas”.
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