Em nota, entidade informou ter solicitado à Presidência da República e ao Ministério da Justiça inclusão da Polícia Federal no caso
A CBF descartou no início da noite desta quarta-feira (10) suspender o Campeonato Brasileiro em razão do escândalo de manipulação de apostas no futebol. Em nota, a entidade informou ter solicitado à Presidência da República e ao Ministério da Justiça a inclusão da Polícia Federal na investigação do caso, o que já foi confirmado por Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública.
A CBF se colocou à disposição das autoridades para contribuir com o andamento das investigações e afirmou que trabalha com a Fifa e outros órgãos internacionais para um modelo padrão de investigação.
“Venho trabalhando em conjunto com a FIFA, demais entidades internacionais, além de clubes e Federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Entenda o caso
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) enviou à Justiça a denúncia sobre manipulação de partidas do futebol brasileiro motivada por um esquema de apostas fraudulentas. Nessa última terça-feira (9), o órgão apontou que 16 pessoas foram denunciadas no novo passo da investigação, conhecida como Operação Penalidade Máxima. Sete deles são jogadores profissionais.
Todos os atletas tiveram algum tipo de envolvimento em fraudes para tomar cartões (amarelo ou vermelho) ou cometer pênaltis. Na denúncia, o Ministério Público de Goiás revelou que o grupo aceitou receber valores indevidos para cometer atos ilícitos. Veja a lista abaixo. Clique aqui e confira a denúncia.
Leia na íntegra a nota emitida pela CBF:
“Com relação a suspeitas de envolvimento de atletas de clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, em possíveis atos de manipulação de resultados de partidas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que o presidente da entidade,
Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. A CBF, por sua vez, estará à disposição para dar todo o apoio necessário.
A CBF ressalta, ainda, que não há qualquer possibilidade de a competição atual ser suspensa. E vem trabalhando em conjunto com a FIFA e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. Vale lembrar que a entidade, que igualmente é vítima destes possíveis atos criminosos, não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos.
Na reunião ocorrida no último dia 7/03, na sede da entidade, com a participação de Promotores e Procuradores de Justiça de diferentes estados do país e do Conselho Nacional do Ministério Público, a Confederação já havia se colocado à disposição para subsidiar situações desse tipo, sempre que acionada.
A CBF ressalta que, tão logo estejam comprovados os fatos, espera que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente.
“Venho trabalhando em conjunto com a FIFA, demais entidades internacionais, além de clubes e Federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial “, assinalou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.”