Preservando muitos titulares, o Corinthians não passou de um empate por 1 a 1 com o Ceará na manhã deste domingo, em Itaquera, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado aumentou o jejum de vitórias da equipe dirigida por Fábio Carille para quatro partidas.
Após golear o Paraná por 4 a 0, o Corinthians amargou um 0 a 0 com o Vitória, pela Copa do Brasil, e derrotas por 1 a 0 para o Atlético-MG, pelo Brasileiro, e por 2 a 1 para o Independiente, pela Copa Libertadores da América, além da igualdade deste fim de semana.
Assim, o Corinthians perdeu o embalo que tinha conquistado a partir do título paulista e subiu a 7 pontos ganhos na competição nacional de pontos corridos. O Ceará, que ainda não venceu no seu retorno à Série A, totaliza 2.
No domingo que vem, o Corinthians voltará a Itaquera para reencontrar o grande rival Palmeiras, sua vítima na decisão estadual, enquanto o Ceará enfrentará o América-MG no dia seguinte, no Castelão. Antes, na quinta-feira, o time paulista tentará avançar na Copa do Brasil diante do Vitória, novamente em casa.
O jogo – Roger foi o primeiro jogador a tocar na bola contra o Ceará. A expectativa do técnico Fábio Carille, voltando a contar com um centroavante no Corinthians, era de que o estreante também concluísse a maioria das jogadas dos donos da casa. “Ele está lá para isso”, disse, à beira do campo.
A bola, contudo, pouco chegava até Roger no princípio da partida. Em situação delicada no Campeonato Brasileiro, os atletas do Ceará conversaram longamente quando subiram no gramado pela primeira vez e resolveram não abdicar do ataque mesmo atuando em Itaquera.
Para incomodar a defesa do Corinthians, o Ceará dependia dos lances de efeito de Wescley na ponta direita. E foi justamente o jogador de 26 anos que abriu o placar. Aos oito minutos, ele recebeu a bola na intermediária, matou no peito e chutou sem deixar cair. Anotou um golaço.
A torcida do Corinthians reagiu de imediato, gritando com intensidade. O time, nem tanto. Embora Pedrinho chamasse a atenção com a sua habitual habilidade do lado direito, Marquinhos Gabriel destoava negativamente no esquerdo. Danilo, por sua vez, pecava pela lentidão no meio.
Danilo não suportou jogar mais de meia hora. O veterano de 38 anos acusou uma lesão na panturrilha e precisou ser substituído por Jadson aos 27 minutos. Com a mudança, Pedrinho ganhou um parceiro com quem tabelar – Mantuan não ajudava até então – enquanto não enfileirava os seus marcadores.
Marquinhos Gabriel, em compensação, já tirava a paciência dos torcedores corintianos com os seus recorrentes erros de passe. Roger, agora mais acionado, também conseguia angariar um e outro críticos nas arquibancadas. Os mesmos que pediram pênalti quando Pedrinho caiu na área aos 37 minutos.
O árbitro Sávio Pereira Sampaio ignorou as reclamações dos torcedores, mas assinalou escanteio pouco depois. Aos 39, Jadson se encarregou da cobrança e levantou a bola na entrada da pequena área. Lá, estava Henrique, que cabeceou no canto e empatou a partida em Itaquera.
O gol animou o Corinthians e a sua torcida para o segundo tempo. Do outro lado, acuado, o Ceará retornou do vestiário com a entrada de Naldo na vaga de Arnaldo. E, em pouco tempo, viu Pedrinho cair dentro da área outra vez, em um contra-ataque rápido. Para o árbitro, houve simulação do corintiano.
Carille decidiu colaborar com a pressão do Corinthians. Fazendo com que muita gente comemorasse em Itaquera, o treinador sacou Marquinhos Gabriel para a entrada de Mateus Vital. O primeiro deixou o campo lentamente, como se a sua equipe estivesse com o jogo ganho, enervando ainda mais o público.
Pedrinho também não tinha mais a mesma velocidade. O novato acusou o cansaço – ele tem limitações físicas, conforme justifica Fábio Carille para não utilizá-lo com mais frequência – e acabou substituído pelo jogador mais velho da história do Corinthians, Emerson Sheik.
Aos 36 minutos, logo depois da entrada do herói da Libertadores de 2012, o Corinthians teve grande oportunidade de virar o marcador. Jadson fez ótimo cruzamento da esquerda para Roger. Livre na pequena área, o estreante contrariou quem gritou “gol” antes da hora e cabeceou para fora.
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