Sassá foi uma das armas do Cruzeiro no segundo tempo, mas nem o atacante conseguiu marcar Fonte: Alexandre Guzanshe/E.M/D.A.Press

Com futebol improdutivo no primeiro tempo e ligeira melhora na etapa final, o Cruzeiro apenas empatou por 0 a 0 diante do Vasco na noite desta quarta-feira, no Mineirão, pela segunda rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores. Depois de muito apoiar a equipe nos 90 minutos, a torcida não perdoou o resultado e vaiou muito tão logo o duelo foi encerrado.

Esse foi o 150º jogo cruzeirense na história da Libertadores. O retrospecto agora mostra 86 vitórias, 28 empates e 36 derrotas, com 280 gols a favor e 171 contra.

As melhores chances do time celeste na partida tiveram a participação do atacante Sassá, que entrou no intervalo no lugar de Rafinha, mas não conseguiu transformar a boa presença de área em gols. Por três vezes, o goleiro Martín Silva, da equipe cruz-maltina, defendeu finalizações do camisa 23.

O resultado em Belo Horizonte fez Cruzeiro e Vasco somarem o primeiro ponto na Libertadores, mas ambos os times se encontram em situação desfavorável, já que foram derrotados na primeira rodada por Racing (4 a 2, em Avellaneda) e Universidad de Chile (1 a 0, no Rio de Janeiro). Argentinos e chilenos, que empataram por 1 a 1 nessa terça-feira, em Santiago, dividem a liderança do Grupo 5, com quatro pontos.

O próximo desafio do Cruzeiro na Copa Libertadores é contra a Universidad de Chile, no dia 19 de abril (quinta-feira), às 21h30, no Estádio Nacional de Santiago. Na mesma data, às 19h15 (de Brasília), o Vasco pegará o Racing, no El Cilindro, em Avellaneda (ARG).

Antes disso, as equipes se concentram nas finais dos estaduais. Pelo Mineiro, o Cruzeiro tentará reverter a vantagem do Atlético domingo, às 16h, no Mineirão. No duelo de ida da final, o alvinegro ganhou por 3 a 1, no Independência. Já o Vasco saiu vitorioso por 3 a 2 sobre o Botafogo e poderá empatar no mesmo dia e horário, no Maracanã.

O jogo

Nem Sassá, nem Rafael Sobis. O escolhido para substituir o atacante Raniel, vetado por causa de dores musculares, foi o meia Arrascaeta. Além dessa mudança, o Cruzeiro teve o zagueiro Dedé no lugar de Murilo, que não foi relacionado de última hora por ter machucado o ombro esquerdo no treinamento dessa terça-feira, na Toca II.

Thiago Neves seria, na teoria, o encarregado de ocupar a função de atacante. Na prática, ele voltou muitas vezes ao meio-campo para buscar a bola e tentar armar jogadas. Numa das poucas oportunidades em que se posicionou entre Paulão e Erazo, zagueiros do Vasco, o camisa 30 finalizou perigosamente por cima da meta de Martín Silva após receber assistência de Arrascaeta.

No mais, o Cruzeiro insistiu em cruzamentos na área. Arrascaeta tentou seis vezes, Egídio cinco, Rafinha quatro. Para quem? Ninguém. O alvo era imaginário. Bom para Martín Silva, Paulão e Erazo, firmes em suas intervenções. Menos mal para a Raposa que o Vasco não se arriscou tanto no ataque. Assim, a defesa celeste ficou tranquila e o placar de 0 a 0 fez justiça a um jogo bem morno na etapa inicial.

Ao perceber a ineficiência da equipe nos primeiros 45 minutos, Mano Menezes promoveu a entrada de Sassá na volta para o segundo tempo. Thiago Neves continuou como estava no primeiro tempo, na construção de jogadas. Robinho caiu pelo lado direito, e Arrascaeta pelo esquerdo. Rafinha saiu. Enfim, o time passou se posicionar no 4-2-3-1.

Apesar da ligeira melhora em termos de posicionamento, o Cruzeiro passou por momentos de apuro no começo da etapa complementar, quando o Vasco rodou a bola de pé em pé e aumentou seu volume de jogo. O goleiro Fábio mostrou ótimo tempo de reação aos 15min, num lance que parecia se transformar em gol. Ele se esticou para espalmar a bola chutada por Paulinho, que desviou em Ariel Cabral no meio do caminho.

Aos 19min, a Raposa respondeu à altura. Robinho, de fora da área, bateu rasteiro no canto direito. Martín Silva espalmou, e Sassá teve a chance de marcar no rebote. Porém, o goleiro uruguaio apareceu bem e defendeu a conclusão do atacante. Aos 24min, o camisa 23 foi acionado pela ponta direita e voltou a desperdiçar grande oportunidade, parando novamente em Martín Silva.

Uma cena forte chamou a atenção de todos os presentes no Mineirão. Ao disputar bola com Henrique, o meia-atacante vascaíno Paulinho, de 17 anos, levou a pior e caiu apoiado sobre o braço esquerdo, machucando o cotovelo. Socorrido pelos médicos, o jogador foi substituído por Andrés Ríos e precisou imobilizar o membro com uma tipoia.

Retomado o jogo, o Cruzeiro buscou novamente o ataque aos 29min, com Thiago Neves, que arriscou forte da entrada da área. Martín Silva deu rebote, e Sassá não conseguiu aproveitar a sobra. Nos minutos finais, Mano Menezes tentou a última carta na manga, com Mancuello no lugar de Ariel Cabral, mas o confronto permaneceu empatado, num resultado ruim para os dois clubes.

CRUZEIRO 0X0 VASCO

CRUZEIRO

Fábio; Lucas Romero (Ezequiel, aos 4min do 2ºT), Dedé, Leo e Egídio; Henrique e Ariel Cabral (Mancuello, aos 36min do 2ºT); Rafinha (Sassá, no intervalo), Robinho e Arrascaeta; Thiago Neves. Técnico: Mano Menezes

VASCO

Martín Silva; Galhardo, Paulão, Erazo e Fabrício; Desábato e Wellington; Yago Pikachu, Wagner (Evander, no intervalo) e Paulinho (Andrés Ríos, aos 26min do 2ºT); Riascos (Caio Monteiro, aos 35min do 2ºT). Técnico: Zé Ricardo

Cartão amarelo: Lucas Romero, aos 2min do 1ºT

Motivo: segunda rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores

Estádio: Mineirão

Data: quarta-feira, 4 de abril de 2018

Árbitro: Raphael Claus (Fifa-SP)

Assistentes: Emerson de Carvalho (Fifa-SP) e Marcelo Van Gasse (Fifa-SP)

Público presente: 38.019

Público pagante: 35.033

Renda: R$ 1.877.854,00

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