Foto: Superesportes

Depois de muita polêmica, foi acordado, em reunião na manhã desta terça-feira, na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF), que a torcida do Cruzeiro terá 8% da carga de ingressos para a partida de volta da final do Campeonato Mineiro contra o Atlético, no próximo domingo, às 16h, no Independência. Estavam presentes dirigentes de Atlético e Cruzeiro, membros da FMF, Polícia Militar e administradores do Independência.

Em seguida ao encontro, foram divulgados os preços dos ingressos para a última partida do Estadual. Os atleticanos pagam de R$ 60 a R$ 300. Já os cruzeirenses podem comprar bilhetes de R$ 80 a R$ 160.

A carga total dos ingressos é de 22.529. Segundo a ata da reunião, o clube mandante ficará com 20.210 bilhetes, enquanto o visitante terá direito a 1.871 entradas – o que, na verdade, corresponde a 8% da carga total, como é de costume em jogos entre os rivais no Independência, uma vez que o estádio do Horto não possui espaço maior para torcida adversária.

Um dos representantes do Atlético foi o diretor de patrimônio, João Avelar. O dirigente ressaltou preocupação com a segurança, mas garantiu que irá respeitar a decisão final com a presença da torcida adversária. “A opinião do Atlético foi sempre respeitar a decisão da Polícia Militar. É importante para o espetáculo a presença dos torcedores do Cruzeiro. Só vai valorizar essa final”, disse Avelar.

Por sua vez, o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Bruno Vicintin, celebrou a decisão de liberar a carga de ingresos para a torcida celeste. “Está definido. O Cruzeiro agradece muito, tanto à Polícia Militar de Minas Gerais, quanto ao Ministério Público, que intercederam para liberar o direito do nosso torcedor de assistir à final”, declarou.

Foi definido também que a torcida do Cruzeiro não terá direito de levar bandeiras e instrumentos musicais, conforme determinação da LuArena (antiga BWA). Esse procedimento foi adotado em clássicos anteriores. A torcida do Galo que ficar na arquibancada superior e no setor Ismênia inferior também não poderá portar esses objetos citados.

A polêmica sobre torcida única na finalíssima surgiu devido a um posicionamento da Polícia Militar, que não via condições da presença de torcedores dos dois clubes no estádio do Horto por causa de materiais de obras que estão no local em função da construção de uma arquibancada móvel pela administradora LuArenas sem autorização do América, proprietário do imóvel, e do governo do estado.

Em resposta, a diretoria do Cruzeiro procurou até o Ministério Público Estadual na tentativa de reverter essa decisão inicial da PM. Dias depois, a corporação recuou e admitiu a presença de atleticanos e cruzeirenses – posicionamento confirmado nesta terça-feira.

Representaram o Cruzeiro na reunião o vice de futebol Bruno Vicintin, o supervisor administrativo Benecy Queiroz, o supervisor de futebol Pedro Moreira e o diretor jurídico Fabiano de Oliveira. Já o Atlético foi representado pelo diretor de administração e controle Lucas Couto, além do diretor de patrimônio João Avelar e dos advogados Lucas Ottoni e Marcelo Machado.

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