O Atlético foi até o Castor Cifuentes para enfrentar o Villa Nova, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. A partida que marcaria a estreia do argentino Jorge Sampaoli no comando do time e de Rafael na meta alvinegra só pode ser vista a distância. Em função das medidas de prevenção ao coronavírus COVID-19 a partida foi realizada com portões fechados.

Mas mesmo sem público, Sampaoli estreou com saldo positivo, pois derrotou o Leão por 3 a 1. Com o resultado, o Galo assumiu a vice-liderança do estadual, com 18 pontos. Para o Leão, o resultado teve gosto amargo. O time está na décima colocação e conta com apenas quatro pontos, a mesma pontuação do Coimbra, que é o vice-lanterna e dois a mais que o Tupynambás, que é figura na última posição.

O jogo
Quem (não) foi ao Alçapão do Bonfim queria ver um Galo mais ofensivo, seguindo o estilo de jogo de Sampaoli. E os primeiros 20 minutos foi uma verdadeira avalanche sobre a defesa do Leão. Nos 10 primeiros minutos, só o Atlético tocava na bola e chegou a ter 86% de posse.

O primeiro gol saiu com menos de 2 minutos. Alla recebeu e invadiu a área, mas foi travado pelo goleiro, este que deixou a bola escapar e foi parar nos pés de Di Santo, que abriu o marcador. O argentino que vinha passando por uma péssima fase no Galo, sendo responsabilizado com um dos protagonistas dos fracassos recentes do time, pode ter iniciado uma reconciliação com a massa.

Rafael
O goleiro Rafael, que também fez sua estreia pelo Galo, quase se atrapalhou logo em seu primeiro lance. Ao receber um recuo de bola, ele se complicou e não conseguiu dominar. E por pouco não se complicou com um dos atacante do Villa.

No final da partida, o goleiro disse que estava feliz com a estreia e em buscar atender as orientações de Sampaoli. “O futebol moderno exige isso, sair com a bola mais redonda de lá de trás. Tem uma semana que estamos com o Sampaoli, mas já deu para ver muita coisas que a gente aprendeu e evoluiu. Será um processo gradativo de evolução.

Savarino
O venezuelano Jefferson Savarino, um dos nomes pedidos pelo ex-técnico Rafael Dudamel, também deixou sua marca no Alçapão do Bonfim. Aos 42 minutos da etapa inicial, o meia pegou a sobra de uma jogada de Ricardo Oliveira e mandou para os fundos das redes de Ricardo Vilar.

O primeiro tempo poderia ter terminado com o placar ainda mais amplo. Já nos acréscimos, Ricardo Oliveira pegou uma sobra de bola, mas chutou em cima de Vilar.

Segundo tempo
No retorno dos vestiários o jogo manteve a mesma toada, com o Atlético pressionando e o Villa tentando armar jogadas nas sobras. Com nítida superioridade, o Galo ampliou com gol de Arana, após receber passe de Nathan, aos 11 minutos.

O Atlético poderia ter ampliado o placar se Ricardo Vilar não tivesse defendido pênalti cobrado por Ricardo Oliveira. O Pastor recebeu lançamento e foi atingido com o pê pelo goleiro do Leão. Na cobrança, Vilar corrigiu a besteira que lhe rendeu um cartão amarelo.

O Villa diminuiu com Zé Eduardo, aos 25 minutos, que aproveitou sobra de bola, após tentativa de defesa de Rafael. O gol encorajou o Leão, que passou a investir em jogadas pela esquerda, com Laércio dando trabalho para Guga. A expulsão de Arana, aos 32 minutos finais, pelo segundo cartão amarelo, também ajudou a equipa do Alçapão a buscar resultado melhor.

“Foi minha primeira expulsão como profissional, apesar de achar que não era lance para tudo isso. Mas estou feliz por ter marcado o Gol, comentou Arana, que também falou da sensação estranha de jogar com campo vazio, mas compreende que a medida se faz necessário por ser uma questão de saúde pública.

O próximo compromisso do Atlético será no domingo (22), quando enfrentará o América, às 16h, no Independência. Já o Villa Nova vai até o Parque do Sabiá para o duelo contra o Uberlândia, às 10h.

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