Luan foi um dos mais valentes do Atlético, no Maracanã (Imagem: Lucas Merçon/Fluminense)

Com o primeiro gol de centroavante (Di Santo) na “era” Vagner Mancini, o Atlético deu mais um importante passo para livrar-se da ameaça de rebaixamento, neste sábado, ao empatar por 1 a 1 com o Fluminense, no Maracanã, pela 33ª rodada do Brasileirão. Com 41 pontos, o time agora precisa de dois, nas cinco partidas restantes, para respirar realmente aliviado em relação ao descenso.

Apesar disso, com o resultado, o Alvinegro jogou o Cruzeiro para a zona da degola, já que o rival foi ultrapassado na classificação pelo Fluminense, no saldo de vitórias, assumindo a 17ª colocação. Os celestes, contudo, têm a chance de inverter a posição na segunda-feira, diante do Avaí, no Mineirão.

 O JOGO

O primeiro tempo do Galo foi sofrível, sobretudo nos 30 minutos iniciais.  A equipe parecia desligada e desorganizada taticamente.  A defesa batia cabeça e o meio campo não conseguia fazer a ligação com o ataque.

O Fluminense, por sua vez, mostrava mais ímpeto em campo, marcando bem a saída de bola e dominando as ações na intermediária.

Os cariocas, que já haviam obrigado Cleiton a fazer um milagre, ao defender cabeçada de Gilberto, logo aos 2 min, inauguraram o marcador graças a essa situação. Depois de mais um passe errado dos alvinegros, no círculo central, Ganso roubou a bola, avançou para o ataque e lançou na área.
Réver engrossou e tocou para trás, em vez de afastar o perigo. Yoni Gonzáles aproveitou a sobra e cruzou na pequena área. Patric, que marcava na corrida o atacante Marcos Paulo, teve a infelicidade de interceptar a bola, de canela, para o fundo da própria meta: gol contra.

Nos minutos finais, o Galo até que equilibrou as ações, só que, ainda repetindo os erros de passe e de posicionamento, não conseguiu se impor e por pouco não levou o segundo.

Na segunda etapa,  os mineiros voltaram mais acesos. Mesmo sem mexidas na formação, a equipe de Vagner Mancino mostrava outra disposição e, antes dos 5 min, já havia feito duas finalizações – uma delas em uma bomba de fora da área, de Di Santo, que passou raspando o gol de Marcos Felipe.

Apesar disso, seguia afobado, o que acontedcia também com Fluminense. Aos 15 minutos, Cazares, que estava no banco, foi para o jogo na vaga de Bruninho.

A entrada do equatoriano, que, assim como Fábio Santos, completou 200 jogos com a camisa alvinegra,  não surtiu o efeito desejado, de imediato, e o time voltou a cair de produção.
Logo depois, contudo, foi a vez de Patric, que sentiu-se mal, ser substituído por Geuvânio e de Jair, cansado e fora de forma, após sete meses parado,  dar lugar a Vinicius. O conjunto das alterações, enfim, deu certo, ao contrário das feitas pelo Fluminense, que piorou com a saída de Ganso e Yoni Gonzales, e o gol de empate finalmente saiu: aos  43, Di Santo recebeu cruzamento do garoto Marquinhos na área, dominou e bateu com categoria, fazendo 1 a 1.

Nos descontos, quase o mesmo Marquinhos virou, mas a igualdade foi mantida até o apito final.

O Galo enfrenta na próxima rodada, domingo que vem, o Athético-PR, no Mineirão, sem contar com a zaga titular: Réver e Igor Rabello foram suspensos pelo terceiro amarelo. O Fluminense pega o CSA, no campo do adversário.

FICHA DO JOGO

FLUMINENSE

Marcos Felipe; Gilberto, Nino, Digão e Orinho (Igor Julião); Yuri, Allan, Daniel e Ganso (Dódi); Yony González (Wellington Nem) e Marcos Paulo. Técnico: Marcão.

ATLÉTICO
Cleiton; Patric (Geuvânio), Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Zé Werlison e Jair (Vinícius); Bruninho (Cazares), Marquinhos, Luan e Di Santo. Técnico: Vagner Mancini.

GOLS: Patrick, contra, aos 15min do 1º tempo; Di Santo, aos 43min do 2º tempo.

CARTÕES AMARELOS: Réver, Jair, Igor Rabello; Marcos Felipe, Digão.

ARBITRAGEM: Leandro Pedro Vuaden, auxiliado por Rafael da Silva Alves e Lúcio Beiersdorf Flor, todos do Rio Grande do Sul

VAR: Daniel Nobre Bins (RS)

Público: 23.168 pagantes.

Renda: R$ 478.110

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