O inglês Lewis Hamilton venceu o GP da Bélgica de Fórmula 1 neste domingo, no circuito de Spa-Francorchamps. O piloto da Mercedes coroou um fim de semana perfeito com o triunfo de ponta a ponta, que reduziu sua diferença no Mundial de Pilotos para o líder Sebastian Vettel, segundo colocado na prova.
O triunfo deste domingo levou Hamilton a 213 pontos e acirrou a disputa pelo título de 2017 com Vettel para o GP da Itália, que acontecerá já no domingo que vem e no qual o líder da temporada, com 220 pontos, vai correr “em casa”, diante da torcida da Ferrari.
Hamilton foi o grande destaque de um fim de semana no qual igualou o recorde de poles positions de Michael Schumacher, com 68. Seu companheiro de Mercedes, porém, não teve o mesmo sucesso. Após largar em terceiro, Valterri Bottas errou muito e terminou a prova em quinto. Daniel Ricciardo, da Red Bull, foi o terceiro, seguido de Kimi Raikkonen, da Ferrari.
Schumacher, aliás, também foi lembrado neste domingo. No aniversário de 25 anos de sua primeira vitória na Fórmula 1, o alemão foi representado por seu filho, Mick Schumacher. O piloto da Fórmula 3 Europeia guiou na pista de Spa-Francorchamps, antes da prova, uma réplica da Benetton, com a qual o pai venceu o primeiro título mundial da carreira, em 1994.
Ex-companheiro de Schumacher na Ferrari, Felipe Massa fez uma ótima prova e terminou na zona de pontuação. Depois de sofrer nos treinos e largar na 16.ª colocação, o piloto da Williams completou o percurso em oitavo e subiu para 27 pontos na temporada, ocupando a 11.ª posição.
A PROVA – Vettel arriscou na largada e tentou pressionar Hamilton, que conseguiu manter a liderança. Os seis primeiros colocados do grid, aliás, mantiveram-se em suas colocações nas primeiras voltas. O destaque, então, ficou por conta de Fernando Alonso, que ganhou posições e chegou a ser sétimo.
Massa foi outro a ter boa largada, saltando de 16.º para 14.º. Em uma corrida de recuperação, o brasileiro foi subindo degrau a degrau e antes mesmo da metade da prova, já se encontrava na zona de pontuação.
Por outro lado, Alonso não conseguiu manter o rendimento e já na quinta volta, havia perdido as posições que conquistou na largada. O espanhol, aliás, viveu mais um dia para esquecer com sua McLaren, esbravejou no rádio com a equipe, sofreu com problemas no motor e era presa fácil para os competidores até abandonar a prova na 26.ª volta.
Outro que não levará boas lembranças da Bélgica é Max Verstappen. O holandês fazia boa prova e seguia na quinta colocação quando também sofreu com problemas em seu carro e precisou abandonar a corrida, ainda na oitava volta.
Lá na frente, nada de grandes emoções. A cada tentativa de Vettel de ameaçar a liderança de Hamilton, o inglês respondia e abria vantagem com o ótimo rendimento de sua Mercedes nas retas. Logo atrás, Bottas fazia o mesmo diante da Ferrari de Raikkonen.
A emoção, então, ficava para os pilotos do segundo pelotão. E uma briga interna entre Esteban Ocon e Sergio Pérez quase mudou o destino da prova. O mexicano tentou ultrapassagem sobre seu companheiro de Force India na 30.ª volta, mas foi fechado e, em um toque entre os carros, perdeu parte do bico.
O Safety Car entrou na pista, e lá permaneceu por quatro voltas. Quando saiu, Vettel tratou de atacar Hamilton. A ultrapassagem quase veio quando o alemão jogou de lado para a esquerda e pisou fundo, mas o piloto inglês foi muito competente para segurar a primeira colocação e, consequentemente, a vitória.
Quem não mostrou a mesma qualidade foi seu companheiro de Mercedes. Atacado por Ricciardo, Bottas errou e viu o australiano ganhar a terceira posição. Pouco depois, foi ultrapassado ainda por Raikkonen, definindo, assim, os cinco primeiros colocados da prova.
Um pouco atrás, Massa conseguiu um ótimo resultado, principalmente levando em consideração a posição de que largou. Em meio a abandonos e problemas dos concorrentes, o brasileiro mostrou toda sua experiência para levar a Williams a uma oitava posição.
Confira a classificação final do GP da Bélgica:
1.º – Lewis Hamilton (ALE/Mercedes), em 1h24min42s820
2.º – Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 2s358
3.º – Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 10s791
4.º – Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 14s471
5.º – Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 16s456
6.º – Nico Hulkenberg (ALE/Renault), a 28s087
7.º – Romain Grosjean (FRA/Haas), a 31s553
8.º – Felipe Massa (BRA/Williams), a 36s649
9.º – Esteban Ocon (FRA/Force India), a 38s154
10.º – Carlos Sainz (ESP/Toro Rosso), a 39s447
11.º – Lance Stroll (CAN/Williams), a 48s999
12.º – Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), a 49s940
13.º – Jolyon Palmer (ING/Renault), a 53s239
14.º – Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren), a 57s078
15.º – Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 67s262
16.º – Marcus Ericsson (SUE/Sauber), a 69s711
Não completaram a prova:
Max Verstappen (HOL/Red Bull)
Fernando Alonso (ESP/McLaren)
Pascal Wehrlein (ALE/Sauber)
Sergio Pérez (MEX/Force India)
Agência Estado