Um grandalhão de 1,94m de altura está prestes a entrar para a história do Campeonato Mineiro. Nascido em Belo Horizonte e criado no bairro Tupi, na Zona Norte da capital, o atacante Rubens vive no Tombense a melhor fase de sua carreira. Aos 26 anos, o ex-jogador do América ostenta sete gols na competição e ser alcançado no topo é quase impossível.
Para se ter ideia da importância da “chuteira de ouro”, apenas dois jogadores que defendiam clubes do interior conseguiram tal façanha nesta década; em 2013, Junior Negão, também do Tombense, foi o artilheiro com oito gols. No ano seguinte, Mancini foi o goleador máximo com um a menos.
“É o melhor momento da minha vida. Estou muito feliz com tudo isso. Tenho que agradecer aos meus companheiros de time, porque me ajudam muito dentro de campo. A artilharia é sim uma meta, até porque é muito difícil as equipes do interior baterem de frente com as da capital. Quem sabe consigo fazer mais dois e me tornar o maior artilheiro (de clube do interior) numa edição de Mineiro nesta década?”, comenta Rubens.
“Comecei no campo do Tupinense, bem novinho. Com seis anos, mais ou menos. Rodei por alguns clubes no Brasil, como o Vitória, da Bahia, e a Portuguesa, de São Paulo. Cheguei no América em 2013 e subi para o profissional no ano seguinte. Contudo, antes disso, hoguei quatro anos no Santa Cruz, aqui de BH, e foi lá que tive a oportunidade de trilhar o caminho para grandes clubes”, acrescenta, relembrando sua trajetória até o momento.
Dono de um altura rara para um centroavante em solo brasileiro, a mesma do sueco Zlatan Ibrahimović, Rubens foge do rótulo de jogador de área; ele acredita que é preciso se movimentar bastante em outras partes do campo para conseguir estufar a rede.
“Creio que todo atleta tem o sonho de jogar em grandes clubes e defender a Seleção.. Meu objetivo mais próximo é disputar uma Série A; é um sonho de criança. Não é tão comum ter centroavantes altos aqui no Brasil. Tento me movimentar bastante dentro de campo, até para fugir dessa característica. No futebol hoje é difícil fazer gol, por isso é necessário buscar abrir esses espaços”, explica o camisa 9 do Tombense.
Gavião Carcará e Galo voltam a se enfrentar no domingo (30), no duelo que decidirá quem será o campeão 2020. Para o alvinegro, basta um empate; para a equipe comandada por Eugênio Souza, apenas a vitória.
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