O técnico Mano Menezes espera que o Atlético-PR venha com um esquema tático voltado para os contra-ataques no duelo de domingo contra o Cruzeiro, às 17 horas (de Brasília), no Mineirão, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo o comandante celeste, é natural que as equipes visitantes adotem postura defensiva por atuarem fora de casa. A própria Raposa fez isso no empate por 2 a 2 com o Palmeiras, segunda-feira passada, no Allianz Parque, em São Paulo. O segundo tento cruzeirense foi anotado por Robinho, após contragolpe puxado por Arrascaeta.
“Não podemos pensar que não precisaremos fazer o jogo bem feito. É a armadilha na qual a gente não pode cair. O futebol deste ano no Brasil tem mostrado bastante oscilação nas equipes. É uma comprovação das dificuldades que estamos tendo em formação de equipes mais duradouras, que já são testadas e aí sim mantêm um padrão de rendimento. De modo geral, todos estamos oscilando bastante. A gente é que precisa respeitar essa condição do campeonato e entender bem. Fora de casa, as equipes respeitam mais e jogam no erro do adversário. Quando a gente não tem as equipes tão formadas, a tendência é que, quando jogamos em casa, nos expomos mais como equipe. O torcedor quer que você ataque. Na medida em que você vai para cima do adversário de maneira desorganizada, você cede espaços que todos querem para jogar. E no contra-ataque é mais fácil conseguir. Não podemos deixar isso acontecer”, declarou Mano, em entrevista antes do treino desta sexta-feira, na Toca II.
Conforme as palavras do treinador, o Cruzeiro tende a manter a posse de bola diante de um possível recuo do Atlético-PR. Uma das alternativas que a equipe pode encontrar, caso o adversário ofereça resistência na marcação, é o chute de fora da área. Mano Menezes ressaltou que no elenco há vários jogadores com qualidade nesse fundamento.
“Tem a ver com um monte de coisas. Às vezes tem muito a ver também com a característica dos jogadores. Nós temos jogadores com características de boa conclusão de longa e média distância. Robinho, Thiago Neves, Arrascaeta, Rafael Sobis – que não vem jogando, mas também tem essa característica –, Lucas Silva – que é um volante que bate bem de média distância –, Hudson – que acaba de se lesionar, mas tem essas características. Tem a ver com os jogadores. Outro aspecto é que as linhas defensivas dos jogadores estão mais baixas. As equipes do futebol brasileiro estão se defendendo melhor. Às vezes você não consegue entrar dentro da área, aí encontra a solução de bater de fora da área. Acho que estamos bem equilibrados entre as duas situações e fico feliz por a equipe ter confiança para arriscar chutes de longa distância. Com a evolução da bola, que hoje é um pesadelo para os goleiros, é importante que o jogador tenha a confiança de concluir em média distância”.
Rafael Arruda /Superesportes