Em entrevista ao vivo dada à TV Santa Cecília, nesta quinta-feira, o médico Carlo Alba comunicou que estava se demitindo do Santos. Entre os motivos citados, questionou a competência do responsável pela medicina do clube, Jorge Merouço, disse que foi contra a contratação do atacante Felippe Cardoso, que se recupera de pubalgia, e criticou o rodízio entre elenco profissional e de base pelo qual outros profissionais da área e ele passaram.
“Não posso omitir a verdade. Como é que você vai contratar um jogador com uma pubalgia crônica, que é uma das lesões mais traiçoeiras do futebol? O que somos (os médicos)? Enfeites? Bonecos? Ele (Merouço) tomou a medida, mas não discutiu com ninguém do departamento”, disse Alba durante a entrevista.
Em comunicado divulgado pelo WhatsApp, o médico se aprofundou em algumas críticas. “Meu viés não é político, e sim técnico. Como podem colocar um coordenador médico (Merouço) ganhando R$ 40 mil via CLT (carteira assinada), sem nenhum título de especialista. E o pior, médicos também sem título de medicina esportiva, sem comprometimento nenhum com o clube. Outra pergunta: que time do Brasil tem rodízio médico entre base e profissional? Isso é política barata que está prejudicando o clube”, escreveu.
Em nota oficial, o clube comunicou que não vai comentar as declarações do ex-funcionário. “O Santos Futebol Clube declara para os devidos fins que não se manifesta a respeito de reestruturações, demissões ou demais questões internas. O clube entende que discussões sobre temas administrativos devem ser tratadas com discrição e total profissionalismo. Tal procedimento atende aos critérios impostos pelo clube desde o início da gestão vigente”, diz o ofício.
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