(Imagem: Ricardo Stuckert/CBF)

Mais do que participar de todas as seis edições dos Jogos Olímpicos, a Seleção Feminina sempre buscou jogar para estar entre as melhores colocadas. E assim foi neste ano. Na Olimpíada Rio 2016, o Brasil terminou em quarto lugar depois de lotar arenas e levar emoção ao torcedor. De Norte a Sul do país, a torcida apoiou as jogadoras, do ataque à defesa.

A caminhada da Seleção até a estreia contou com uma preparação especial. Treinos e amistosos ocuparam as meninas até a bola rolar, e na hora de entrarem em ação, elas mostraram quão bem preparadas estavam. Na primeira partida pela fase de grupos, o Brasil começou com o pé direito e aplicou 3 a 0 na China. A zagueira Mônica marcou o primeiro gol do Brasil, e as atacantes Andressa Alves e Cristiane, comemorando 15 anos de Seleção, completaram.

O Brasil entrava em campo com a experiência de Formiga e seus 20 anos de Canarinho, e do outro lado, a juventude de Andressinha e seus 21 anos de vida. Contra a Suécia, a mescla de estilos funcionou mais uma vez, e as meninas fizeram 5 a 1 nas adversárias. Este foi o terceiro encontro entre as seleções em Olimpíadas, com retrospecto positivo para o Brasil em todas as ocasiões.

Com a zaga bem postada e ataque afiado, a Seleção seguiu se apresentando para o torcedor brasileiro com muita raça e entrega. A atacante Beatriz foi exemplo desse perfil: disputava bola em todas as áreas do campo, ajudava na marcação, se colocava em posição de receber o passe e marcar gols. Se lá na frente havia quem desse conta do recado, na parte defensiva a sintonia também garantia o sucesso. Na fase de grupos, o Brasil confirmou a classificação com apenas um gol sofrido e oito marcados depois do empate em 0 a 0 com a África do Sul, na Arena da Amazônia, em Manaus (AM).

Com o início do mata-mata, a concentração das atletas foi intensificada, assim como o carinho do torcedor, que esgotou ingressos para ver a Seleção e recebeu com alegria por onde as meninas passaram. Em Belo Horizonte, para as quartas de final, Marta alcançou uma marca muito importante com a camisa canarinho. Passou Pretinha em número de jogos pelo Brasil, chegando a 19 confrontos, atrás apenas de Formiga, com 26, e Tânia Maranhão, com 21.

O maior desafio do Brasil estava por vir: as cobranças de pênaltis. Nas quartas de final contra a Austrália, prevaleceu o empate sem gols, e a decisão foi para a marca de cal da área. O placar final foi 7 a 6 para a Seleção, graças a duas defesas da goleira Bárbara. Com o feito, as meninas se classificaram para a semifinal com elogios a Marta e Cristiane pela ex-capitã do Brasil Tânia Maranhão.

Na semi, as adversárias foram as suecas novamente. Diferentemente da fase de grupos, a partida decisiva não foi recheada de gols, e o empate em 0 a 0 resultou nas penalidades máxima. A goleira Lindhal da Suécia, em dia inspirado, defendeu duas cobranças do Brasil e garantiu a seleção escandinava na final.

O Brasil disputou o bronze com o Canadá, seleção tradicional de futebol feminino, e ficou na quarta colocação.

SEMPRE ENTRE AS MELHORES

O futebol feminino começou a fazer parte do quadro olímpico em 1996, em Atlanta. Formiga já fazia parte da equipe titular do Brasil naquele ano, e, ao lado de Pretinha, levou a Seleção à quarta posição na estreia da modalidade na competição.

O resultado voltou a se repetir nos Jogos seguintes, em Sidney, e a Seleção Brasileira foi se consolidando entre as potências. A primeira medalha veio em 2004, de prata, em Atenas, na Grécia, e a segunda, em 2008, da mesma cor, em Pequim, China.

CBF

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