Relação entre a presidente Leila Pereira e membros da Mancha Alviverde se desgastou ao longo dos anos

A gestão da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, não tem relação com a torcida Mancha Alviverde. A maior organizada do clube é acusada de armar emboscada a ônibus da torcida do Cruzeiro, na madrugada deste domingo (27).

A Mancha foi uma das aliadas quando Leila pavimentava caminho para ser candidata à presidência do Palmeiras. Até 2022, a Crefisa, patrocinadora máster do Verdão e empresa da presidente, apoiava os desfiles da escola de samba da organizada no Carnaval.

Logo no início do mandato de Leila Pereira como presidente do Palmeiras, ela confirmou que cortou os vínculos e revelou que pediu devolução de R$ 200 mil dados para que integrantes fossem a Abu Dhabi acompanhar Mundial de Clubes, em fevereiro de 2022. A afirmação foi feita ao jornal Estadão.

Desde então, a torcida passou a fazer protestos recorrentes à mandatária. Em setembro de 2023, a Justiça de São Paulo concedeu medida protetiva a Leila contra três líderes da organizada. Isso ocorreu após ela sofrer ameaças graves durante uma live da uniformizada, que filmou protesto em frente à sede da Crefisa.

O juiz Fabrício Reali Zia determinou que o presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luis Sampaio Santos, e os vice-presidentes da organizada Thiago Melo, o “Pato Roko”, e Felipe de Mattos, o Fezinho, estão proibidos de terem contato pessoal ou virtual com Leila Pereira. Eles precisam manter uma distância de 300m da mandatária do clube.

Depois, a Justiça negou pedido de prisão dos três líderes. Em agosto deste ano, líderes da Mancha Alviverde invadiram o CT do Palmeiras para conversar com o técnico Abel Ferreira e os jogadores, após a derrota por 2 a 0 para o Flamengo, na ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Eles não foram atendidos pela diretoria e deixaram o local fazendo ameaças, segundo informações do clube.

Veja a nota do Palmeiras sobre o episódio da invasão

A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que integrantes da torcida organizada Mancha Verde invadiram a Academia de Futebol na tarde desta quinta-feira (1). O clube acionou prontamente a polícia para que o grupo fosse retirado do local.

Antes de deixar o centro de treinamento, líderes da uniformizada, entre eles o presidente Jorge Luís, fizeram diversas ameaças, prometendo novas invasões e atos de vandalismo, além de perseguir atletas fora do ambiente de trabalho.

O Palmeiras não tolera qualquer tipo de conduta criminosa e tomará todas as providências cabíveis para que os responsáveis por esta ação ilegal e sem propósito sejam identificados e punidos.

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