O caos financeiro do Cruzeiro é tão grande, que a redução de 25% dos salários no futebol e a suspensão de alguns contratos de profissionais da área, vão gerar uma economia de cerca de R$ 1 milhão na folha da atividade. Seriam necessários dois anos deste processo para que o dinheiro economizado fosse suficiente para pagar o grande pesadelo cruzeirense neste mês de maio: a dívida de R$ 26 milhões na Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa).
“Nós não tivemos outra saída. Com a redução de 25% dos salários, vamos ter uma economia de cerca de R$ 700 mil por mês. Mas fizemos suspensão de contrato também, em alguns casos, e isso significa mais R$ 250 ou R$ 300 mil. Fica em torno de R$ 1 milhão por mês, talvez até um pouco mais”, explica Saulo Fróes, presidente do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro, que encerra seu período no clube este mês, mas que tem pela frente o grande desafio de pagar a dívida que foi parar na Fifa.
Considerando-se o 13º salário, se conseguisse manter a folha salarial de maio no seu futebol por dois anos, o Cruzeiro teria uma economia total de R$ 26 milhões. Justamente o valor que o clube precisa pagar na Fifa por causa das dívidas feitas na gestão de Gilvan de Pinho Tavares pela contratação do atacante Willian, do volante Denílson e do zagueiro Caicedo.
Saulo Fróes explica ainda que a redução de 25% foi feita sobre o salário atual dos atletas: “Este corte é sobre o que recebem hoje, com o teto de R$ 150 mil. Quem ganhava mais do que isso e fez a renegociação, o salário antigo não vale para a conta. Agora, quem recebe originalmente menos de R$ 150 mil, aí é no salário real mesmo”.
Assim, os jogadores que aceitaram a negociação para se encaixar em 2020 no teto de R$ 150 mil, terão agora, a partir da folha de maio, que é paga no quinto dia útil de junho, uma redução de R$ 37,5 mil, com o salário passando a ser de R$ 112,5 mil.
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