Identificados como autores do crime, jovens são detidos pela Polícia Nacional da Espanha; Valencia reitera atuação na investigação

A Polícia Nacional da Espanha confirmou na manhã desta terça-feira (23) que prendeu três jovens identificados como autores de insultos racistas contra o atacante Vinícius Júnior. As prisões ocorreram na cidade de Valência, local em que o Real Madrid enfrentou o Valencia, pelo Campeonato Espanhol, no último domingo (21).

As detenções foram divulgadas em vídeo pela Polícia Nacional da Espanha. A operação foi uma resposta rápida à repercussão do novo caso com o brasileiro Vinícius Júnior. Esta foi a 10ª vez nos últimos dois anos que o atacante foi vítima de insultos raciais no futebol espanhol.

Depois da operação, o Valencia confirmou que os jovens identificados foram presos pela polícia. O clube espanhol divulgou um comunicado oficial em que reafirmou o combate contra o racismo.

“O clube reitera sua condenação mais enérgica e sua posição contra o racismo e violência em todas as formas. E que atuará com a mesma contundência com todas as pessoas identificadas, aplicando sua medida mais severa: expulsando-os do estádio por toda a vida. O Valencia não tolera nenhum tipo de ataque racista. O racismo não tem lugar no nosso clube”, se manifestou o Valencia.

O Real Madrid, clube de Vinícius Júnior, fez uma denúncia sobre o caso ao Ministério Público local. A repercussão de toda a situação vivida pelo atacante foi assunto do Arena SBT na noite dessa segunda-feira (22). O comentarista Mauro Beting foi enfático ao analisar o caso.

 

Outros quatro jovens foram presos em outra operação da polícia espanhola em virtude de crimes contra Vinícius Júnior. Autores de uma manifestação de ódio antes do clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid, quatro torcedores do clube colchonero foram detidos pela Polícia Nacional da Espanha. Em janeiro, o grupo encenou o enforcamento do brasileiro com um boneco.