Fred passou em branco na partida partida pelo Estadual; Ricardo Oliveira anotou hat-trick. Fonte: Alexandre Guzanshe e Juarez Rodrigues/E.M/D.A.Press. Montagem: Superesportes

Independentemente do estado, qualquer clássico pode consagrar um artilheiro. Em Minas, Cruzeiro e Atlético já contam com dois experientes atletas com rico histórico de gols na carreira e passagem pela Seleção Brasileira. Acostumados a disputar grandes jogos, os trintões Fred e Ricardo Oliveira travarão duelo particular quando a bola rolar amanhã, às 11h, no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro: eles disputam gol a gol para saber quem é o maior goleador em atividade de uma equipe presente na Série A.

Até o fim da última temporada, os dois camisas 9 estavam empatados (369 gols na carreira), mas o hat-trick marcado diante do Boa, na rodada inicial do Estadual, colocou o atleticano à frente. Por decisão de Levir Culpi, que escalou time reserva, ele ficou fora da derrota para o Tombense por 1 a 0, em Tombos, no meio de semana. Fred, por sua vez, foi desfalque do jogo de estreia do Cruzeiro na temporada contra o Guarani, em Divinópolis, por causa de problema estomacal, e passou em branco no triunfo por 1 a 0 sobre a Patrocinense, no Gigante da Pampulha.

Essa interessante disputa vem desde quando Ricardo Oliveira, de 38 anos, voltou ao país em 2015 e aumentou seu histórico de gols atuando no Santos. Fred, de 35, joga desde 2009 no futebol brasileiro – passou por Fluminense e Atlético até retornar ao Cruzeiro – e conseguiu manter a boa média que consolidou ao longo da trajetória no futebol.

A rivalidade entre ambos existe há mais de uma década, incluindo a disputa de uma vaga na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. “Não chegamos a atuar juntos, mas fomos concorrentes na Seleção Brasileira. Por causa da minha lesão em 2006, o Fred foi convocado pelo Carlos Alberto Parreira para a Copa do Mundo. Vai ser uma boa disputa entre dois artilheiros no clássico”, projeta o camisa 9 atleticano.

Fred tem como desafio ter uma temporada sem lesões e jogar com frequência pelo Cruzeiro, sobretudo disputando a Libertadores. Em 2018, ele ficou praticamente fora de toda a participação da equipe na competição internacional por ter sofrido lesão muscular na coxa direita e em seguida ter rompido o ligamento cruzado anterior do joelho direito, indo à mesa de cirurgia e perdendo boa parte dos jogos.

O atacante celeste começou a partida contra a Patrocinense com uma máscara protetora para o nariz, fraturado recentemente, mas a tirou ainda no primeiro tempo. Agora, depende de avaliação dos médicos para saber se jogará com ou sem a proteção.

Depois de estreia apagada, o camisa 9 celeste espera melhorar sua performance gradativamente: “Senti falta de ritmo, mas já pude jogar quase 90 minutos diante do Patrocinense. Foi bom para começar a pegar ritmo. Daqui a pouco estaremos 100%”, disse ele, que foi substituído por Raniel aos 39min do segundo tempo no duelo passado.

CARA A CARA
 Quem conhece bem Fred e Ricardo Oliveira é o goleiro Fábio, ídolo do Cruzeiro. O camisa 1 prevê que a disputa entre ambos será uma atração especial do clássico. “Fred é bastante cobrado, até por ter estado do outro lado, por ter sido revelado aqui e ter coração cruzeirense, mas jogado no Atlético. São coisas do futebol. Todos nós queremos que ele faça um belo jogo, como a gente sabe que ele tem condição de fazer”, avaliou o camisa 1 celeste, que elogiou também o rival do confronto de amanhã, com quem ficará cara a cara em alguns momentos.

“Ricardo Oliveira tem muita qualidade, já estivemos juntos na Seleção Brasileira, fomos campeões da Copa América em 2004. Ele sempre se destacou onde passou e, no Cruzeiro, temos a consciência de que precisamos estar atentos o tempo todo, ainda mais em clássico. A atenção tem de ser total. O técnico Mano Menezes sempre pede que a gente assimile todas as situações que se apresentarem o mais rápido possível.

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