Treinador do Fluminense critica valorização de estrangeiros e projeta duelo contra o Al Hilal no Mundial de Clubes
Na véspera do duelo decisivo contra o Al Hilal, válido pela Copa do Mundo de Clubes, o técnico do Fluminense, Renato Gaúcho, aproveitou a entrevista coletiva desta quinta-feira (3) para levantar um debate sobre a valorização dos treinadores brasileiros. Sem mencionar nomes, ele questionou se técnicos estrangeiros conseguiriam alcançar o mesmo desempenho que vem apresentando à frente do Tricolor.
Renato destacou que comandar equipes na Europa, com mais recursos e infraestrutura, é uma realidade completamente diferente do desafio enfrentado no Brasil. Para ele, a dificuldade no cenário nacional é subestimada.
“Muitas vezes o treinador brasileiro não é reconhecido como deveria. A imprensa prefere enaltecer os estrangeiros. Eu queria ver um gringo fazer o que eu estou fazendo aqui no Fluminense”, declarou.
Sobre o confronto contra o time saudita, Renato explicou que a estratégia foi traçada a partir da análise do desempenho do Al Hilal diante do Manchester City. Ele reforçou que o adversário é perigoso nos contra-ataques e que isso foi levado em conta ao definir a formação da equipe.
“Nós temos dois, três esquemas, trouxemos dois lá já do Brasil, fizemos no último jogo com três zagueiros. A gente tem o respeito pelo nosso adversário e o esquema que eu montei para amanhã é da maneira que eu acho que a gente pode se dar melhor porque a gente sabe que o nosso adversário joga muito em contra-ataque, tem muita velocidade. Assisti ao jogo deles contra o City, analisei bem e dessa forma procurei armar a minha equipe”, explicou o treinador.
“Se vai dar certo ou não, eu não sei, a gente sempre procura treinar para que a gente possa neutralizar da melhor maneira possível nossos adversários e que possamos ter sucesso dessa maneira que a gente pensa e vai enfrentá-los amanhã”, completou.