Com a mudança do regulamento em relação ao ano passado – a segunda fase passou a contar com oito equipes em vez de quatro –, a 11ª e última rodada do Campeonato Mineiro promete ter emoções de sobra. Os seis confrontos marcados para as 17h deste domingo apontarão os três últimos classificados às quartas de final e os dois rebaixados ao Módulo II. Dos 12 times que iniciaram a competição, somente Cruzeiro e América jogarão para cumprir tabela, pois garantiram antecipadamente os dois primeiros lugares na fase de classificação.

Salvo do risco de rebaixamento, o Tupi depende apenas de si mesmo para confirmar a vaga entre os oito melhores. A equipe pega o Democrata-GV, em Juiz de Fora, tentando confirmar a reação no torneio: o Galo Carijó começou a disputa com três derrotas, mas se reabilitou depois que Ricardo Leão assumiu o comando de forma interina. Apesar de vencer o Villa Nova por 4 a 2 na rodada anterior, a Pantera vive situação incômoda, pois depende de vitória fora para seguir na elite.

Depois de altos e baixos em toda a competição, a URT precisa apenas fazer o dever de casa para carimbar o passaporte à próxima fase. Uma vitória sobre o já classificado Boa, em Patos de Minas, garantirá a equipe pelo terceiro ano consecutivo na etapa seguinte – foi a campeã do interior em 2016 e 2017. O Azulão tem a chance de melhorar seu retrospecto em casa no Estadual, já que venceu apenas uma das quatro partidas no Estádio Zama Maciel.

Villa Nova e Patrocinense enfrentarão times da capital com ambições parecidas: se manter na elite. O time do Alto Paranaíba enfrentará o Cruzeiro, que terá time reserva em Patrocínio. Em caso de vitória, poderá lucrar uma vaga nas quartas de final. Mas a missão do técnico Wellington Fajardo é menos ambiciosa: “Desde que assumi não seria fácil tirar do rebaixamento. Nossa missão é difícil. Dos quatro jogos, tivemos três fora, e um em casa, contra o Cruzeiro, líder da competição. Sabíamos que a missão era difícil, mas ainda temos uma rodada e vamos continuar lutando”. O treinador substitui Rogério Henrique, que deixou o cargo no mês passado.

Já o Villa, que já foi terceiro colocado e se despede da primeira fase diante do América, no Castor Cifuentes, entrou em queda de rendimento em plena parte final da disputa: não vence há quatro rodadas. Novamente, vai apostar no acanhado Alçapão do Bonfim, onde venceu o Atlético na terceira rodada. Desde 1995, a equipe não disputa o Módulo II do Estadual. Uma vitória nesta tarde evita a queda e, dependendo do resultado dos concorrentes, poderá assegurar a classificação às quartas.

TENSÃO NO SUL

A partida com mais tensão será entre Caldense e Uberlândia, em Poços de Caldas, já que ambos estão na zona de descenso, mas ainda têm possibilidades reais de classificação. Com apenas duas vitórias em 10 jogos, o time do Sul do estado é o que menos venceu no Estadual e agora tenta se beneficiar do apoio da torcida para afastar o fantasma do Módulo II, que o clube não disputa desde 2009. O Verdão do Triângulo tem a situação mais complicada, mas os atletas mantêm a esperança de continuar na elite. “Vamos para a decisão contra a Caldense. Ainda estamos vivos na competição. Apesar dos erros, é hora de a equipe reagir”, afirma o capitão Ferron.

NÚMEROS

129 gols marcados em 60 jogos

19 gols fez o Cruzeiro, ataque mais positivo

5 gols marcou o Boa, o pior ataque

1 vez foi vazado o Cruzeiro, defesa mais eficiente

18 gols levou o Democrata, time mais vazado

6 gols tem o artilheiro, Aylon, do América

11ª RODADA – TODOS OS JOGOS ÀS 17H

URT x Boa – Zama Maciel (Patos de Minas)

Atlético x Tombense – Independência (Belo Horizonte)

Patrocinense x Cruzeiro – Pedro Alves do Nascimento (Patrocínio)

Tupi x Democrata – Radialista Mário Helênio (Juiz de Fora)

Villa Nova x América – Castor Cifuentes (Nova Lima)

Caldense x Uberlândia – Ronaldo Junqueira (Poços de Caldas)

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