A Série A do Brasileirão, se for disputada sem público até o final, por causa da pandemia pelo novo coronavírus, deve custar cerca de R$ 30 milhões em taxas aos clubes. Até agora, num universo de 91 partidas que já tiveram seus boletins financeiros publicados no site da CBF, o custo é de pouco mais de R$ 7 milhões, média de R$ 77,7 mil.
Dos 96 confrontos já disputados, o levantamento levou em conta apenas 91. O jogo Corinthians 3 x 2 Bahia, na última quarta-feira (16), em São Paulo, ainda não teve seu boletim financeiro publicado.
O Sport não cumpre o Estatuto do Torcedor, já que os borderôs dos seus jogos como mandante, na Ilha do Retiro, apresentaram despesa máxima até agora de R$ 8,40, pois o clube lança apenas o seguro torcedor, apesar de as partidas estarem sendo com portões fechados.
Sobre o caso do time pernambucano, a CBF divulgou a seguinte nota: “A CBF cuida de garantir que o clube coloque o boletim financeiro no sistema em até 48 horas após o jogo, mas a responsabilidade pela informação é do próprio clube, que também submete os dados à conferência por parte da federação de seu Estado”.
Atlético
Vice-líder da competição, o Atlético está também no G-4 dos clubes com maior média de gastos por partida. Cada confronto do Galo, no Mineirão, pela Série A, custa quase R$ 100 mil. Este valor só é menor que o dos cariocas Fluminense (R$ 187 mil), Flamengo (R$ 183 mil) e Botafogo (R$ 107 mil). Os dois primeiros usam o Maracanã, o terceiro, o Engenhão.
Os três cariocas no topo do ranking é reflexo do Maracanã ser o estádio mais caro do Brasil para se jogar. Na última rodada, o Fluminense pagou cerca de R$ 110 mil só de taxas da arena para encarar o Corinthians.
Dos 91 jogos considerados, 19 (21%) foram no Rio de Janeiro. Dos poucos mais de R$ 7 milhões que os clubes pagaram de despesas, cerca de R$ 2,7 milhões (38%) foram desembolsados pelos cariocas.
A CBF evita falar em volta do público aos estádios, mas já encaminhou um estudo ao Ministério da Saúde esta semana. Segundo informações, o retorno da torcida, pelo protocolo criado pela entidade, seria a partir da segunda metade do mês que vem, com 30% da capacidade, mas a liberação depende dos órgaõs de saúde, não só federeal, mas estadual e, principalmente, municipal.
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