Um coração novo impulsiona as realizações de uma brasileira que após transplante cardíaco, tornou-se triatleta. Patrícia Fonseca, brasileira, de 33 anos vai competir entre os dias s dias 17 e 24 de agosto, em Newcastle, no Reino Unido, para participar, pela segunda vez, do Summer World Transplant Games, Olimpíada dos Transplantados.
Lá, irá competir com outros atletas que passaram por transplantes de diferentes órgãos, como coração, intestino, fígado, pulmão ou pâncreas. A Olimpíada também permite que participem doadores (pelo menos nove meses após a doação) e familiares dos doadores nas provas. Entre os desafios, estão modalidades como triatlo (que envolve natação, ciclismo e corrida), badminton, arco e flecha, basquete, futebol, golfe, tênis de mesa, entre outras competições. .
Nesta edição dos Jogos, o foco de Patrícia Fonseca será o triatlo, mas ela também participará de provas de ciclismo em equipe, atletismo e natação em revezamento.
História
Durante 30 anos, Patrícia Fonseca conviveu com uma insuficiência cardíaca grave, sem poder realizar tarefas triviais para a maioria das pessoas. Na infância, não podia brincar com as outras crianças e em muitos momentos, precisou usar cadeira de rodas porque não tinha forças para andar. Hoje, ela conta que vive a cada ano como se fosse um presente e o maioir de todos ela ganhou quando completou 30 anos que foi o coração novo.
Aos vinte anos de idade, o médico deu a ela menos de seis meses de vida e durante muito tempo, a brasileira nem sequer era elegível para ficar na fila de espera por um transplante, por conta de uma hipertensão pulmonar muito elevada. A medicina avançou e ela finalmente conseguiu entrar em espera no sistema nacional de transplantes, em março de 2015. Mas, a saúde foi se agravando e Fonseca teve de ser encaminhada à UTI. “O ideal seria esperar em casa a doação, mas eu fiquei muito mal” , relembra.
“Eu cheguei em um nível de cansaço tão grande que não tinha forças para falar: estava consciente, mas presa dentro do meu próprio corpo.” O transplante ocorreu cerca de quatro meses depois de Patrícia entrar na fila, numa cirurgia realizada no HCor, Hospital do Coração, em São Paulo. Antes e depois do transplante, Patrícia realizou um trabalho de Reabilitação Cardiopulmonar e teve acompanhamento de médicos e fisioterapeutas.
Trajetória
A sua primeira Olimpíada foi em 2017, na cidade de Málaga, na Espanha, quando ela foi a primeira brasileira transplantada a participar do evento. Em agosto de 2018, Fonseca participou dos Jogos Panamericanos para Transplantados Transplant Games of America, em Salt Lake City nos Estados Unidos, ganhando dois ouros (em triatlo e corrida) e duas pratas ( ciclismo e natação).
Também conquistou três medalhas: um ouro, na natação, e duas pratas, no triatlo e revezamento de natação, na 9ª edição dos Jogos Latinoamericanos para Transplantados, realizada na cidade de Salta, na Argentina. “Se voltasse no tempo e contasse para mim mesma que viraria triatleta, eu nunca iria acreditar, gente do céu!”, diz Fonseca.
Só Notícia Boa – Com informações da Galileu